PANDEMIA

Bolsonaro: 'Qual país do mundo está tratando bem a questão da covid? Aponte um'

"Esses caras que querem me derrubar, o que vocês fariam no meu lugar? 'Ah, comprar vacina'. Onde é que tem vacina para vender? Onde tem vacina para vender?", indagou

Na tentativa de justificar o mau funcionamento da política contra a covid-19 no país, o presidente Jair Bolsonaro questionou a apoiadores nesta quinta-feira (18/3) se algum país no mundo conseguiu enfrentar de forma eficaz a pandemia. Segundo o chefe do Executivo, “em todo local está morrendo gente” e alegou ser vítima de uma guerra política. O Brasil perdeu até agora mais de 280 mil vidas por conta da covid-19, beirando 3 mil mortes diárias pela doença.

“Qual país do mundo que está tratando bem a questão da covid? Aponte um. Em todo local está morrendo gente. Agora, aqui, virou uma guerra contra o presidente. Um dos raros países onde querem derrubar o presidente é aqui. Eles não apresentam soluções. Quando eu digo, né: Me apresente um país onde está dando certo o combate à covid. Não tem, tá. Esses caras que querem me derrubar, o que vocês fariam no meu lugar? 'Ah, comprar vacina'. Onde é que tem vacina para vender? Onde tem vacina para vender?”, indagou.

Bolsonaro também falou sobre o lote da vacina de Oxford/AstraZeneca suspenso em países europeus como precaução após relatos de trombose. A relação com o uso do imunizante, no entanto, ainda não está comprovada.

“Olha o que aconteceu agora. Não quero falar marca. Tem uma vacina que tem uns 10 países que não vão aplicar mais. Vocês estão sabendo, não é? Aí tem um cara, um cara inteligente ligou para mim: 'Por que você não compra essas vacinas?' Eu falei, cara, se os países não estão aplicando, no mínimo, é um lote suspeito. 'Ah, mas não tem problema'. A que ponto chegou a cabeça de algumas pessoas. Se não estão aplicando lá então vai lá e compra o lote que tem algum problema. Compra”, pontuou o presidente.

Por fim, o mandatário disse ainda que “se o Brasil fosse Israel, já tinha vacinado todo mundo”, se referindo aos 9 milhões de habitantes daquele país.

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