O novo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, deve dar continuidade à política de combate à pandemia de Eduardo Pazuello. Na manhã desta terça-feira (16/3), antes de conversar com o general, Queiroga falou à imprensa na entrada do Ministério que será mero executor das políticas de Jair Bolsonaro (sem partido).
O posicionamento já era esperado, uma vez que Queiroga foi indicado pelo senador Flávio Bolsonaro e é considerado um "bolsonarista raiz". Em seu perfil do Twitter, Queiroga já elogiou Jair Bolsonaro. "A política é do governo Bolsonaro, não do ministro. O ministro executa a política do governo", disse ele esta manhã.
Queiroga, que é presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), tem perfil técnico e foi anunciado como substituto de Eduardo Pazuello no comando da Saúde no pior momento da pandemia no Brasil, com quase 280 mil mortes por covid-19. Ele será o quarto ministro da Saúde desde o início da pandemia, há um ano.
Ontem, depois de ter seu nome anunciado para a pasta, Marcelo Queiroga se mostrou alinhado ao presidente Bolsonaro quando o assunto é lockdown. Em entrevista à CNN Brasil, afirmou que a medida é extrema e não pode ser uma política de governo.
"Esse termo de lockdown decorre de situações extremas. São situações extremas em que se aplica. Não pode ser política de governo fazer lockdown. Tem outros aspectos da economia para serem olhados", disse ele.
Queiroga e Pazuello devem falar na saída do Ministério, após a reunião.