O ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, negou, na tarde deste domingo (14/3), ter pedido demissão por estar doente e informou que segue como chefe da pasta até segunda ordem. A mensagem do general, por meio de comunicado, reitera nota divulgada mais cedo pelo Ministério da Saúde.
“Não estou doente, não entreguei o meu cargo e o presidente não o pediu, mas o entregarei assim que o presidente solicitar. Sigo como ministro da Saúde no combate ao coronavírus e salvando mais vidas”, disse Pazuello.
A informação diverge da repassada ao Jornal O Globo por interlocutores do presidente Jair Bolsonaro. Segundo a apuração, Pazuello teria pedido o afastamento para que pudesse se recuperar.
O fato é que o ministro se reuniu no dia anterior com o presidente Bolsonaro, logo após o chefe do Executivo sair de um encontro com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), que tem pressionado a troca da gestão que lidera as ações de enfrentamento à crise de saúde.
Mesmo sem a confirmação da substituição, Lira já declarou apoio à cardiologista Ludhmila Hajjar, principal nome cotado para ocupar o cargo. A médica passou a tarde em reunião com o presidente Bolsonaro.
A movimentação surge após forte pressão do Centrão por mais destaque no governo Bolsonaro, especialmente pelo fator Lula, ex-presidente que entra na roda das eleições de 2022.