Senado

Sobrinho do presidente da República é exonerado de cargo no Senado

Leonardo Rodrigues de Jesus, mais conhecido como Léo Índio, trabalhava com o vice-líder do governo, o senador Carlos Vianna (PSD-MG). Antes, ele trabalhou com Chico Rodrigues (DEM-RR), que também fazia parte do governo na Casa e foi flagrado com dinheiro entre as nádegas em uma operação da Polícia Federal

Luiz Calcagno
postado em 31/03/2021 18:32
 (crédito: Facebook/Reprodução)
(crédito: Facebook/Reprodução)

Vice-líder do governo no Senado, o senador Carlos Vianna (PSD-MG) exonerou Leonardo Rodrigues de Jesus da Primeira-Secretaria da Casa. Mais conhecido como Léo Índio, Leonardo se intitula, nas redes sociais, sobrinho do presidente da República, e faz postagens criticando o distanciamento social e elogiando o governo. O assessor foi contratado a pedido do social democrata em 3 de novembro de 2020. Antes, trabalhou com o então vice-líder do governo, Chico Rodrigues (DEM-RR), flagrado com dinheiro entre as nádegas em uma operação da Polícia Federal.

Na verdade, Léo Índio é sobrinho de Rogéria Nantes, ex-mulher do presidente da República, e muito ligado ao vereador pelo Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro. Ele estava lotado no Senado a pedido do governo, no cargo de assessor SF02, o mais alto do parlamento, com salário mensal de R$ 17.319,31, e a demissão foi divulgada no Diário Oficial da Casa nesta quarta-feira (31/3). Ele teria pedido para deixar o cargo, e Vianna aceitou prontamente.

Léo Índio foi contratado para trabalhar com o vice-líder quando assumiu o cargo no lugar de Chico Rodrigues. À época, Rodrigues, que já voltou ao trabalho, pediu 121 dias de licença após ser flagrado pela Polícia Federal durante a Operação Desvid-19 tentando esconder dinheiro nas partes íntimas. A ação apurava o desvio de verbas federais voltadas ao combate à pandemia da covid-19 em Roraima.

Laços estreitos

Léo foi contratado por Rodrigues em abril de 2020. Ele chegou a postar uma declaração ao senador nas redes. Disse que admirava o parlamentar e que a convivência se estreitou “desde os primórdios da campanha de Jair Bolsonaro à Presidência, quando o senador pôde constatar algumas das minhas características e a convergência de nossas ideias”.

“Sempre acreditei na meritocracia e no valor do trabalho, verdadeiro fiador das liberdades individuais. A boa política, entretanto, é indissociável de mim desde a infância. Minhas características profissionais são fruto de duas décadas de trabalho árduo e de preciosas lições aprendidas em família. Assim herdei o apreço pela honestidade e o amor pela Pátria, valores que compartilho também com quase 60 milhões de brasileiros que confiaram seu voto em meu tio, Jair”, postou em 24 de abril.

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