Em meio à crise econômica e sanitária, o presidente Jair Bolsonaro convidou neste domingo (28/3) a população a fazer jejum e oração pela liberdade do Brasil. O jejum, segundo o mandatário, ocorrerá na próxima segunda-feira (29). O convite se dá em um período de intensa crise financeira no país, e com aumento de mortes por covid-19, com 312 mil óbitos pela doença. Na última sexta-feira (26), o país registrou mais um recorde, com 3.650 pessoas mortas em 24 horas.
"Aos que puderem e quiserem participar, amanhã, 29/03/2021, teremos um dia de jejum e oração pelo bem e pela liberdade de nossa nação. Seguiremos lutando com todas as nossas forças contra o vírus e o desemprego; pela vida, mas sem abrir mão da dignidade de cada um. A batalha é dura e dolorosa, mas juntos, ao lado de Deus, nós venceremos! Abençoado seja o nosso Brasil e o povo brasileiro! Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o Senhor (Salmo 33:12)", diz texto publicado nas redes sociais.
- Aos que puderem, amanhã, 29/03/2021, teremos um dia de jejum e oração pelo bem e pela liberdade de nossa nação.
— Jair M. Bolsonaro (@jairbolsonaro) March 29, 2021
- Seguiremos lutando com todas as nossas forças contra o vírus e o desemprego; pela vida, mas sem abrir mão da dignidade de cada um. pic.twitter.com/j8KIs9CdmQ
No último dia 11, o Instituto de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou que a inflação dos produtos alimentícios atingiu uma alta de 15%, número quase três vezes maior que a taxa de inflação do país no período. Em conversa com apoiadores no Palácio da Alvorada, o presidente Jair Bolsonaro culpou as medidas de isolamento social pelo aumento do preço.
“A política do 'fique em casa', 'feche tudo', que destruiu milhões de empregos, a consequência está aí. Imagine se o homem do campo tivesse ficado em casa, não teria alimento para ninguém. Agora, todo mundo é responsável, quem é que está com essa política do 'fica em casa'? Não sou eu”, disse.
O Brasil registrou neste domingo (28) 1.656 mortes por covid-19 em 24 horas e 44.326 novos casos, segundo dados divulgados pelo Ministério da Saúde compilados junto às secretarias estaduais de Saúde. Esta foi a maior quantidade de mortes registradas em um domingo desde o início da pandemia.
No último sábado (27), foram registrados 3.438 óbitos pela doença, tendo sido também a maior quantidade observada em 24 horas em um sábado. A última semana epidemiológica (21 a 27 de março) terminou com 17.798 óbitos, a mais letal durante toda a pandemia. Este número tem aumentado semanalmente, há seis semanas. A situação de descontrole da pandemia no país tem sido alvo de críticas internacionais e alertas da Organização Mundial da Saúde (OMS).
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