PEC Emergencial

"Não podemos empurrar a conta para gerações futuras", diz Guedes sobre PEC Emergencial

Ministro da Economia comemorou a aprovação da PEC e reforçou mantra do presidente Jair Bolsonaro de que economia e saúde devem andar juntas

Israel Medeiros
postado em 04/03/2021 19:54 / atualizado em 04/03/2021 19:55
 (crédito: FOTO: Edu Andrade/Ascom/ME)
(crédito: FOTO: Edu Andrade/Ascom/ME)

O ministro da Economia, Paulo Guedes, comemorou a aprovação da PEC Emergencial no Senado. Em vídeo divulgado pela pasta na tarde desta quinta-feira (4), ele aparece ao lado do Senador Márcio Bittar (MDB-AC) e agradece aos senadores por votar "expressivamente" a favor da proposta, que permitirá, entre outras coisas, a volta do auxílio emergencial.

"Eu quero agradecer muito o senador Márcio Bittar, relator dessa PEC. É um compromisso com a saúde do povo brasileiro e com a responsabilidade fiscal, também", disse ele. A proposta foi entregue pelo próprio Guedes, ainda em 2019. Na época, o crescimento dos gastos da União preocupava o então "super ministro".

Com o fim do auxílio emergencial em dezembro e o clamor popular pela volta do benefício, uma vez que o Brasil enfrenta o pior momento da pandemia até agora, o governo viu a oportunidade de aprovar a PEC, com a justificativa de que ela abriria espaço para o pagamento de novas parcelas.

Senadores da oposição, inclusive, classificaram a manobra como uma "chantagem". Isso parece não ter incomodado Guedes, que vê a PEC como uma espécie de compromisso duplo com a saúde e economia. "Nós temos um compromisso com a saúde e também com a economia. O presidente sempre disse que economia e saúde andam juntos e nós temos que respeitar isso", pontuou.

O ministro da Economia argumentou também que a proposta exige um compromisso com a saúde dos brasileiros e também com as gerações futuras. Ele se referia à regra de ouro, que impede que a União se endivide para pagar despesas correntes, como salários de servidores e benefícios previdenciários. Essa regra pode ser afetada caso a PEC seja aprovada também na Câmara.

"Não podemos ficar empurrando essa conta para frente", disse ele, agradecendo, também, ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido), a quem elogiou por "dar apoio sempre que necessário". O ministro agradeceu ainda ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) e aos demais senadores.

Guedes comentou que, sem saúde não há economia, e que, para isso, é preciso vacinar em massa a população. "A vacinação em massa é o que vai nos permitir manter a economia em funcionamento. Essa é a nossa pauta e nós vamos enfrentar esse desafio terrível com a mesma coragem, determinação e cooperação de sempre", completou.

Relator da proposta no Senado, Márcio Bittar (MDB-AC) destacou que a PEC é "fundamental para o país". Para ele, agora será possível para o governo federal retomar o auxílio emergencial sem abrir mão da responsabilidade fiscal.

"Toda família sabe que quando o orçamento aperta, tem que apertar o cinto. O único que faz o contrário são os governos, que vão gastando mais do que podem e a sociedade inteira que não tem nada com isso acaba pagando a conta. Então aprovamos um arcabouço legal colocando um freio nessa gastança desenfreada que só sobe ano a ano, agigantando a máquina pública que está engolindo a sociedade", disparou.

Assista ao vídeo:

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