O presidente Jair Bolsonaro afirmou em live, nesta quinta-feira (4/02), que o governo prevê contar com 400 milhões de doses contra a covid-19 até janeiro de 2022. Outras 178 milhões ainda estão em tratativas, segundo ele. O mandatário ainda procurou se justificar sobre a demora na vacinação.
“Desde meados do ano passado, o Brasil vem contratando laboratórios buscando vacinas. Alguns teimam em dizer que nós não nos preocupávamos com vacina. A partir de janeiro, quando a Anvisa deu o primeiro sinal verde, certificou a primeira vacina, eu sempre disse: havendo a certificação por parte da Anvisa, nós compraremos aquela vacina, não interessa qual país seja o fabricante. E assim começamos a fazer”, apontou.
“Agora, vêm essas narrativas que somos negacionistas, não acreditamos em vacinas, aquela história toda para boi dormir, como fizeram na minha campanha em 2018, dizendo que eu era racista, misógino — misógino não gosta de mulher... Éramos um montão de coisas, e nada daquilo o povo acreditou que era verdade, que não podiam acreditar, e nós vencemos as eleições”, completou.
Ele voltou a dizer que até o final de março serão disponibilizadas ao menos 20 milhões de vacinas. “Temos contratados no corrente ano, o ministro Pazuello, 400 milhões de doses até janeiro do ano que vem e temos 178 milhões em tratativas. Neste mês de março, agora, teremos, no mínimo, 20 milhões de doses disponíveis. E para o mês seguinte, teremos, no mínimo, mais 40 milhões de novas doses”, concluiu.
Mais cedo, em Uberlândia (MG), o mandatário reclamou da pressão pela compra de vacinas contra a covid-19 e alegou falta de imunizantes no mercado mundial.
“Tem idiota que diz 'vai comprar vacina'. Só se for na casa da tua mãe. Não tem para vender no mundo”, disparou. Bolsonaro ainda falou sobre a medida vetada por ele, que permitia que estados comprassem as doses e posteriormente fossem reembolsados pela União. “Alguns governadores queriam direito a comprar vacina e quem iria pagar? Eu! Onde tiver vacina para comprar, nós vamos comprar”.
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