O presidente Jair Bolsonaro pediu a empresas privadas para que ajudem na manutenção de parques na Amazônia. A declaração ocorreu nesta terça-feira (09/02), durante o lançamento do programa Adote um Parque. A primeira iniciativa foi do Grupo Carrefour, representado pelo presidente do Carrefour América Latina, Nöel Prioux.
“Essa iniciativa do Salles, para minha grata surpresa e alegria, o primeiro fio que incorporou é de uma rede de supermercados francesa e ao ele se voluntariar, a ajudar a adotar um parque, é igual a adotar uma criança, tem despesa, ele sabe disso, mas é muito bem-vindo”, apontou o mandatário.
Bolsonaro destacou que, por motivos financeiros, é difícil cuidar da Amazônia diante da grandeza de áreas ambientais. Em indireta ao presidente francês, Emmanuel Macron, ele pediu que países que criticam as políticas ambientais brasileiras ajudem.
“O que nós podemos falar para aqueles que nos criticam é o seguinte, olha: Nós não temos condições, por questões econômicas, de atender nessa área. Venha nos ajudar. E uma empresa francesa foi a primeira empresa que apareceu. E isso obviamente, é um marco para nós. É uma realidade, é uma prova de que o projeto do Ricardo Salles é bem vindo e despertou a atenção e o interesse de muitos empresários. Outros estão a caminho já bastante avançado”, completou.O chefe do Executivo agradeceu ao empresário Prioux por acreditar no programa e ainda mandou cumprimentos ao povo francês.
Distanciamento
O presidente ressaltou também que não há motivos para que Brasil e França de distanciem."Não tem porque Brasil e França se distanciarem. Afinal de contas somos vizinhos. A maior fronteira da França é o Brasil, 730 km da fronteira. Temos que ser amigos. E essa vinda do Carrefour na frente como a primeira empresa a assinar, a ter esse compromisso conosco é gratificante para nós", continuou.
Por fim, Bolsonaro voltou a dizer que a Amazônia não pega fogo e que o Brasil é o país que mais preserva o meio ambiente no mundo. "O Brasil é o país que mais preserva seu meio ambiente. Em muitos países não se fala em mata ciliar, reserva legal. Nós temos tudo isso. A nossa bacia amazônica não pega fogo. No passado, ela foi muito ampliada, a região amazônica, por questões de interesse de estados, de regiões para conseguir benefícios, mas é igual aquela aquela família grande, né. É bacana quando todo mundo torce para o mesmo time", concluiu.
Adote um parque
Segundo o governo, pessoas físicas, empresas nacionais, ou estrangeiras, poderão contribuir com a proteção legal da Amazônia. E patrocinar a preservação de uma unidade de conservação da floresta por 10 euros por hectare para estrangeiros e R$ 50 para empresas nacionais. Ao todo, cerca de 15% da Amazônia, ou 63 milhões de hectares, está disponível para patrocínio. Os recursos serão investidos em ações como prevenção e combate a incêndios, desmatamentos e também recuperação de áreas degradadas.