O presidente Jair Bolsonaro anunciou que fará, hoje, uma reunião com ministros do governo e com o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, para explicarem a alta no preço dos combustíveis. No início da semana, caminhoneiros ameaçaram estado de greve. A principal reivindicação da categoria diz respeito à política de preços adotada pela empresa sobre o litro do óleo diesel. Na última semana, por exemplo, a petroleira reajustou em quase 5% o valor médio do combustível.
“Amanhã (hoje), vou ter uma reunião envolvendo o ministro da Infraestrutura (Tarcísio Freitas), da Economia (Paulo Guedes), de Minas e Energia (Bento Albuquerque) e o presidente da Petrobras para falar sobre combustível”, afirmou, em transmissão de live pelas redes sociais.
Bolsonaro acrescentou que não interfere na política de preços da Petrobras. “Dizem: ‘Ah, a Petrobras não pode sofrer interferência’. Ninguém está interferindo na Petrobras, mas, vocês têm de saber qual é a composição do preço final, por exemplo, no diesel”, emendou.
Na live, o chefe do Executivo mencionou que a privatização da empresa estará entre os assuntos a serem tratados na reunião. Ele pediu, ainda, a opinião dos apoiadores sobre o assunto. “Quero botar em pratos limpos isso aí. Convoquei todos os ministros e o presidente da Petrobras e mais alguns que vão aparecer lá. Eu quero tratar de forma pública essa questão. A Petrobras é uma empresa importante, sim. Tem de ser privatizada, ou não? Qual é a sua opinião? É isso que queremos conversar amanhã (hoje)”, observou.
O chefe do Executivo reforçou que, no encontro, o governo deve conseguir uma solução sobre o assunto, como um projeto de lei para enviar ao Congresso que verse sobre a diminuição do impacto do ICMS sobre os preços. “O que nós queremos? Que o Congresso votasse, aprovasse uma lei dizendo o seguinte: que o ICMS vai incidir sobre o preço do óleo diesel na refinaria ou tem um valor fixo, a exemplo da Cide. Nada mais além disso, porque, toda vez que eu aumento o óleo diesel, os governadores ganham mais, isso é justo? Não é justo? O Parlamento tem que decidir. O Parlamento está aí pra isso”, destacou.
Por fim, ele afirmou que, caso tivesse poder, daria uma canetada e acabaria com o PIS/Cofins. “Eu não posso diminuir imposto. Para diminuir, tenho de arrumar uma fonte que compense aquilo que eu diminui. É assim que é a Lei de Responsabilidade Fiscal”, enfatizou. “Se eu tivesse poder, daria uma canetada e acabaria com o PIS/Cofins: R$ 0,33 no litro do óleo diesel. ‘Ah, é pra fazer média’. Não. É para fazer justiça ao caminhoneiro. A cada 500 litros de óleo diesel que um caminhoneiro bota, ele paga R$ 165 de PIS/Cofins. E é muito mais do que isso de ICMS. Nós queremos resolver esse assunto.”