Aliada do presidente Jair Bolsonaro, a deputada Bia Kicis (PSL-DF) é a nova presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, a mais importante da casa legislativa. Ela vai substituir o deputado Felipe Francischini (PSL-PR). A parlamentar já se envolveu em polêmicas, quando apresentou um projeto de lei para desobrigar uso de máscaras em meio à pandemia do novo coronavírus e comemorou a abertura do comércio em Manaus, cujo sistema de saúde está em colapso.
Pelas redes sociais, Kicis festejou a escolha e destacou que tem carreira no meio jurídico. “É uma grande honra para mim e muita responsabilidade, para a qual meus 24 anos como procuradora, um ano como primeira vice-presidente da CCJ e meu amor pelo Brasil me habilitam, com fé em Deus!”, escreveu, em resposta a uma seguidora.
A CCJ tem como responsabilidade avaliar a constitucionalidade de Propostas de Emenda à Constituição, de projetos de lei e fundamentos legais e regimentais das proposições.
Kicis é investigada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) no inquérito aberto para apurar fake news e ataques contra a Corte e seus ministros.
Em um dos discursos no plenário da Câmara, a deputada defendeu intervenção das Forças Armadas na política, alegando que seria de competência dos militares atuar, caso um dos Poderes ultrapasse suas atribuições. A parlamentar é uma das mais fiéis escudeiras de Bolsonaro e, frequentemente, é vista ao lado dele em eventos. Ela também já o recebeu em casa, no Lago Norte.
Pelo acordo firmado no PSL, o presidente da sigla, Luciano Bivar (PE), vai ocupar a primeira secretaria da Câmara. A escolha dele tem de ser avalizada na eleição de hoje na Casa.