A eleição para definir os postos remanescentes da Mesa Diretora da Câmara, que aconteceria na noite desta terça-feira (2/2), foi remarcada para as 10h de quarta (3/2).
Recém-eleito presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL) autorizou o adiamento para tentar reverter o mal-estar gerado por sua primeira decisão à frente da Câmara, a de anular a formação do bloco do principal rival dele, Baleia Rossi (MDB-SP), sob o argumento de que o registro do grupo foi feito fora do prazo.
O ato de Lira impactaria diretamente na distribuição dos cargos da Mesa Diretora da Câmara, que são escolhidos considerando o tamanho dos blocos. O de Baleia era formado por 10 legendas: PT, MDB, PSB, PSDB, PDT, Solidariedade, PCdoB, Cidadania, PV e Rede.
A confusão se deu porque o PT não registrou o apoio da legenda a Baleia dentro do prazo. O registro foi feito às 12h06 de segunda-feira (1º/2), seis minutos depois do limite. O MDB também teria deixado para registrar o apoio do bloco como um todo mais de uma hora e meia depois. Pelo menos no caso da bancada petista, o que se alega é que houve falha no sistema.
Nesta terça, Lira se reuniu com líderes partidários para tentar criar um consenso e amenizar a situação. Apesar de ter implodido o bloco de Baleia, o presidente da Câmara garantiu aos parlamentares da oposição que alguns dos partidos teriam a chance de compor determinadas funções da Mesa Diretora.
A Mesa Diretora dirige os trabalhos legislativos e administrativos da Câmara. São sete integrantes titulares (um presidente, dois vice-presidentes e quatro secretários) e quatro suplentes de secretário. Os cargos são distribuídos entre os partidos com base na representação partidária e por acordo entre as bancadas.