O senador Major Olimpio (PSL-SP) retirou a sua candidatura para a presidência do Senado. Nesta segunda-feira (1°/2), na reunião preparatória que antecedeu o início da votação, ele disse que abriria mão de disputar o posto para apoiar a senadora Simone Tebet (MDB-MS).
"Entre não ter chance efetiva de disputa de votos e poder alimentar uma expectativa de debate de um segundo turno mais contundente aqui nesta Casa, pelo bem da democracia, eu quero renunciar à minha pretensão. Para que nós possamos ter, pela primeira vez na história do Senado, uma mulher corajosa, firme para conduzir esse processo e que possa gerar uma reflexão em cada um dos senhores neste momento, para dizer às mulheres da Casa que ficam falando em empoderamento e merecem esse empoderamento", declarou Olimpio.
Além dele, os senadores Jorge Kajuru (Cidadania-GO) e Lasier Martins (Podemos-RS) desistiram das suas candidaturas e declararam apoio a Tebet. "O voto do PSL será em vossa excelência, senadora Simone. Não porque seria, talvez, mais conveniente abraçar o grupo de maior força. Não. Neste momento, da forma como estão colocadas as coisas, com muita tranquilidade, sem jamais atacar qualquer um dos demais que possam presidir esta Casa, quero dizer que cerro fileiras com vossa excelência", disse Olimpio.
No seu discurso, o senador lamentou que algumas pautas nunca foram colocadas em discussão durante o tempo em que Davi Alcolumbre (DEM-AP) esteve à frente do Senado, como os processos de impeachment contra o presidente Jair Bolsonaro e a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Lava-Toga. "Não tem hora nem momento para crime. Não tem hora nem momento para cumprimento da lei, para cumprir o disposto na Constituição, para dizer basta. Existe motivo para que haja, sim, uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar condutas e mais condutas do Supremo Tribunal Federal e do Judiciário", ponderou.
"Hoje, o país está desesperado. Mais de 220 mil mortos, e nós estávamos em recesso. Nós estávamos descansando, porque não era oportuno trazer os parlamentares para não acirrar a disputa. Pessoas morrendo asfixiadas em Manaus. Negacionismo criminoso de presidente da República, de ministro da Saúde inescrupuloso. Não podemos nos furtar das nossas obrigações. Não é lacrada para curtida, para enfrentar ou não robô. Nós temos obrigações", completou Olímpio.