O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), adiou para a próxima terça-feira (2/3) a votação do texto base da PEC Emergencial, que, entre outros pontos, cria mecanismos para a retomada do pagamento do auxílio emergencial. O senador, que pretendia votar a proposta em dois turnos nesta quinta-feira (25/2), decidiu pelo adiamento após reunião com líderes partidários. A maioria criticou o ponto da PEC que acaba com os mínimos constitucionais para os gastos com saúde e educação.
Ficou acertado que, a partir de hoje, será lido o parecer do relator da matéria, senador Marcio Bittar (MDB-AC), com espaço para debates e apresentação de emendas. Além disso, a votação da PEC em dois turnos seria realizada na próxima terça-feira.
O líder do PSDB no Senado, Izalci Lucas (DF), um dos principais críticos da desvinculação de recursos da saúde e da educação, considera positivo o adiamento da votação e reafirma que, se esse dispositivo for mantido no texto, a PEC não será aprovada pelos senadores. Segundo ele, quase a unanimidade dos líderes presentes à reunião com Pacheco condenou essa proposta.
"Vai ser lida a PEC hoje, e começar os debates. Os debates podem ir para a próxima terça-feira, para a quarta, mas a proposta é votar na semana que vem, desde que, evidentemente, o governo retire algumas coisas, principalmente essa desvinculação, o que para mim é fundamental", disse Izalci, acrescentando que "essa proposta a gente consegue tirar no voto, sem dificuldade".
O senador do DF disse ainda que até mesmo líderes governistas defenderam a retirada da proposta de desvinculação durante a reunião com Pacheco. "Até o governo é favorável à retirada. É aquele negócio de colocar o bode na sala para retirar o bode e deixar o resto. Eu acho que eles colocaram essa proposta com essa intenção. Só pode, de tão absurda", disse Izalci.
Saiba Mais
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.