O presidente Jair Bolsonaro criticou na manhã desta segunda-feira (22/2) o fato de o presidente da Petrobras, Roberto Castello Branco, estar trabalhando remotamente durante a pandemia do novo coronavírus. "O atual presidente da Petrobras está há 11 meses em casa. Sem trabalhar, né? Trabalha de forma remota. Agora, o chefe tem que estar na frente, bem como seus diretores", disse em conversa com apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.
As falas se dão após o presidente indicar o general da reserva Joaquim Silva e Luna para a presidência da estatal, o que gerou uma reação negativa por parte do mercado financeiro. Tal reação é alvo também de críticas de Bolsonaro. Nesta segunda, ele afirmou que a política adotada na Petrobras atende "aos interesses próprios de alguns grupos. "Alguns do mercado financeiro estão muito felizes com a política que só tem um viés da Petrobras: atender os interesses de alguns grupos".
Ainda sobre o atual presidente da estatal, Bolsonaro afirmou que o fato de ele trabalhar remotamente é "inadmissível". "Descobri isso há poucas semanas. Imagine eu, presidente, em casa e com medo de covid, ficando o tempo todo aqui no Alvorada? Não justifica isso daí. Inclusive, o ritmo de trabalho de muitos servidores lá está muito diferenciado. Ninguém quer perseguir servidor, muito pelo contrário, temos que valorizar os servidores. Agora, o petróleo é nosso ou é de um pequeno grupo no Brasil?", questionou.
Sem interferência
O presidente voltou a negar interferência na estatal, frisando que ninguém irá interferir na política de preço. Mas criticou o aumento do diesel. "Não consigo entender no prazo de duas semanas ter um reajuste do diesel de 15%. Não foi essa avaliação do dólar lá fora, do dólar aqui dentro, nem do preço do barril lá fora. Então, tem coisa aí que tem que ser explicada", afirmou.
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