O delegado Igor Romário de Paula foi dispensado do cargo de diretor de Investigação e combate ao Crime Organizado da Polícia Federal (PF), conforme publicado nesta nesta quinta-feira (11/2) no Diário Oficial da União (DOU). A dispensa foi assinada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Walter Braga Netto.
Romário coordenou a força-tarefa da Lava-Jato em Curitiba desde o seu início, em 2014, na época em que o ex-juiz federal Sergio Moro atuava na operação, e é visto como um dos símbolos da operação. O delegado estava no cargo na cúpula da PF desde janeiro de 2019, tendo sido levado por Moro, que se tornou ministro da Justiça e Segurança Pública.
Moro deixou o cargo em abril do ano passado acusando o presidente Jair Bolsonaro de interferência na PF. Na época, o presidente havia trocado o então diretor da PF, Maurício Valeixo, e queria colocar no lugar o atual diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin), Alexandre Ramagem. Na época, a posse foi impedida por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, e o cargo de diretor acabou ficando com Rolando Alexandre.
A saída de Romário se dá em um momento em que a Lava-Jato de Curitiba foi extinta, e agora a atuação cabe apenas ao Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), tendo, por enquanto, alguns integrantes da então força-tarefa no grupo. Além disso, ele era um dos últimos nomes ligados a Moro no governo.
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