O presidente Jair Bolsonaro pediu paciência à população em meio à pandemia e aos aumentos nos preços de alimentos e combustíveis. A declaração ocorreu durante coletiva de imprensa no Palácio do Planalto, onde anunciou envio de projeto ao Congresso propondo ICMS com valor fixo sobre combustíveis. A medida ainda precisa de avaliação jurídica. Em parte, o mandatário atribuiu a inflação à política de isolamento e lockdown para combater o coronavírus.
“Peço paciência ao povo, que problemas temos, não é apenas o combustível, onde muitos reclamam. Também reclamam de preços de mantimentos, como por exemplo, o arroz e óleo de soja. Mas estamos passando ainda por uma pandemia. Lá atrás, eu dizia que tínhamos dois problemas pela frente: o vírus e o desemprego, e deveriam ser tratados com a mesma responsabilidade, mas de forma simultânea. Em parte, estamos pagando o preço da política do fique em casa pelo fique em casa. Não queremos criticar ninguém, já disse que, se alguns erraram, foi na intenção de ajudar. O nosso governo evitou..., com projetos e propostas, algumas vindo do parlamento, como o senador Jorginho a questão do Pronampe”, disse.
Auxílio emergencial
Sobre o auxílio emergencial, Bolsonaro ressaltou que a dívida do país está no limite. Ele destacou também que o Congresso "não é aliado do governo, mas da população". “O próprio nome o diz: emergencial. A nossa capacidade de endividamento está no limite. Quem define essa questão é o nosso ministro da Economia, que carinhosamente eu chamo de Posto Ipiranga, bem como, obviamente, ouvindo agora em primeiro lugar, os presidentes da Câmara e do Senado, que não são aliados nossos, são aliados do Brasil”.
O chefe do Executivo reclamou das críticas à lista com 35 itens considerados prioritários pelo governo entregues ao Senado e à Câmara. Ele destacou que quer ver as propostas votadas e que, mesmo que algumas sejam rejeitadas,(isso "faz parte do jogo democrático".
“O nosso compromisso é fazer a nossa política econômica fluir como as propostas encaminhadas ao parlamento. Alguns, por maldade, criticaram por serem 35 propostas como dizendo que um governo que tem 35 prioridades não tem nenhuma. Essas mesmas pessoas que falam isso e agem dessa maneira, em especial nos grandes órgãos de comunicação, não ajudam o Brasil. Se tem 35 é porque o represamento era grande e o parlamento, obviamente, como cada presidente é aquele que conduz a pauta dentro da Câmara e do Senado, eles podem ir escolhendo qual proposta coloca na frente", emendou.
Por fim, Bolsonaro reconheceu que o governo está atrasado, e que trabalhará pelo destravamento das pautas. "Todas elas são bem-vindas. Estamos atrasados nesse quesito. Não existe entre nós protagonismo para sermos o autor dessa ou daquela proposta, nós gostaríamos, sim, de vermos as propostas votadas, algumas até sendo rejeitadas. Faz parte do jogo democrático. Agora, devemos, sim, destravar essas pautas, e é esse é o compromisso dos nossos novos presidentes da Câmara e do Senado”, concluiu.
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