VILA PLANALTO

Bolsonaro almoça bife em restaurante na Vila Planalto e causa aglomeração

Presidente também pediu de sobremesa doce de abóbora e pudim. Ao final, sem máscara, tirou selfies com apoiadores

O presidente Jair Bolsonaro e sua comitiva aproveitaram um espaço na agenda nesta quarta-feira (13/1) para almoçar no restaurante Braseiro, localizado na Vila Planalto. O chefe do Executivo deixou o Palácio por volta de 12h30 e retornou cerca de 40 minutos depois, segundo a assessoria.

Bolsonaro estava acompanhado do filho, o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ), do ministro da Secretaria de Governo, Eduardo Ramos, do ministro das Comunicações, Fabio Faria, parlamentares e seguranças.

Rogério Barba / Divulgação - Bolsonaro almoça com o filho Carlos e parlamentares em restaurante da Vila Planalto


O proprietário do restaurante, Leandro Giusti, contou que o presidente “comeu o básico, feijão com arroz, bife de carne vermelha e salada diversa” e de bebida, escolheu uma coca-cola. Bolsonaro também pediu de sobremesa doce de abóbora e pudim.

Aglomeração

Os clientes do restaurante foram surpreendidos pela chegada do presidente, e, ao final da refeição, se aglomeraram sem máscara para pedir selfies, desejos que foram atendidos de pronto pelo mandatário. Segundo Giusti, é a primeira vez que Bolsonaro almoça no local este ano, mas ele conta que Bolsonaro já compareceu em outras ocasiões no ano passado.

“É a primeira vez este ano. No ano passado ele também veio. É rapidinho, não demora. Almoça e sai. As pessoas ficam ansiosas com vontade de se aproximar dele, tirar foto. Bolsonaro fica bem à vontade, quando sai ou chega tira foto com todo mundo. Para mim é uma honra tê-lo no meu estabelecimento também”, disse.

A ida ao estabelecimento também foi registrada pelo presidente, que postou um vídeo do momento no Telegram, rede na qual se registrou no último dia 9, após várias redes sociais terem banido o perfil do presidente norte-americano, Donald Trump

Rogério Barba, 49 anos, ativista político para a população em situação de rua, que coincidentemente também estava no restaurante, criticou Bolsonaro e ressaltou que ele deveria fazer as refeições em particular, visando o isolamento social e evitar tumultos por onde passa.

“Na minha opinião, ele deveria fazer essas refeições em particular para não ter esse tipo de aglomeração, principalmente ele sendo o presidente da República. Ele como presidente tinha que ter consciência do que o país está vivendo neste momento”, concluiu.

No último dia 11, Bolsonaro também optou por fazer a refeição em um restaurante na Vila Planalto. Mais cedo, ele se reuniu com a bancada do PTB no Palácio do Planalto. Segundo parlamentares, a legenda convidou o chefe do Executivo a se filiar à sigla

Pela manhã, o mandatário ironizou a eficácia de 50,38% da vacina CoronaVac. A apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo questionou: “Essa de 50% é uma boa ou não?”. O chefe do Planalto emendou que tem "apanhado" com as críticas, mas que a população, agora, "está vendo a verdade" sobre os imunizantes contra covid-19. Ele ressaltou, porém, que a decisão sobre o uso das vacinas passa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

Na semana passada, o governo estadual e o instituto paulista anunciaram uma eficácia de 78% para casos leves e 100% para casos graves. Ontem, o governo de São Paulo divulgou que a eficácia global do imunizante contra a covid-19 é de 50,38%. Os números, no entanto, mostram que a vacina reduz pela metade o risco de desenvolver a doença, mesmo em casos muito leves (que não precisam de atendimento médico). O índice atende à eficácia mínima recomendada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), que é de 50%. O governo paulista ainda cobrou das autoridades do país a aprovação do uso emergencial das seis milhões de doses do imunizante que já estão prontas para o uso.

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