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'Se pagar R$ 5 mil, ninguém trabalha', diz Bolsonaro sobre auxílio

Presidente afirmou que o benefício criado em razão da pandemia do novo coronavírus não pode ser vitalício, e disse que Venezuela está em crise por conta de programas sociais em excesso

Em meio a pressão de senadores em prorrogar o auxílio emergencial, o presidente Jair Bolsonaro se posicionou contra a medida afirmando que o governo não tem condições de transformar a ajuda em uma ação vitalícia. Nesta quinta-feira (7/1), a um apoiador que se identificou como amazonense e comentou sobre o assunto na saída do Palácio da Alvorada, Bolsonaro foi irônico ao rebater a questão.

“Você é da imprensa? Qual país do mundo fez auxílio emergencial? Parecido, foi [o auxílio emergencial dado] nos EUA, mais ninguém fez. Aqui, alguns querem torná-lo definitivo, são quase 68 milhões de pessoas. No começo, [auxílio no valor de] R$ 600. Então, vamos pagar para todo mundo R$ 5 mil por mês e ninguém trabalha mais, fica em casa. O homem do campo também, vai sair do campo e vai para a cidade, quero ver quem vai produzir”, disparou.

O mandatário também criticou a Venezuela e afirmou que o país está em situação ruim por conta de programas sociais em demasia. Segundo ele, a população venezuelana mais pobre está fugindo para o Brasil por conta da miséria porque “não tem mais cachorro para comer lá nem gato”.

“País que começou assim, de muitas ações sociais em exagero, foi a Venezuela. Ação social é para quem precisa. Olha como estão lá. Um país riquíssimo, com petróleo e com ouro. O pessoal mais pobre agora está fugindo, né. Não tem mais cachorro para comer lá, nem gato, está fugindo para o Brasil. Será que é difícil olhar um pouquinho o que está acontecendo no mundo para saber qual o caminho que temos que tomar no Brasil?”, questionou.

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