Após a invasão do Capitólio norte-americano nesta quarta-feira (6/1) por apoiadores de Donald Trump, o presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, comentou a ação citando uma possível fraude nas eleições dos Estados Unidos. Essa não é a primeira vez que Bolsonaro questiona os resultados das eleições na Terra do Tio Sam.
Em fala a apoiadores, Bolsonaro reiterou apoio a Trump: “Eu acompanhei tudo. Você sabe que eu sou ligado ao Trump. Você sabe da minha resposta. Agora muita denúncia de fraude, muita denúncia de fraude. Eu falei isso um tempo atrás, a imprensa falou: “Sem provas o presidente Bolsonaro, falou que foram fraudadas as eleições americanas”, apontou. Segundo o portal Uol, o presidente ainda indicou: "Eu acredito que sim, eu acredito que (a eleição) foi (fraudada) descaradamente".
O presidente ainda voltou a dizer que as eleições brasileiras de 2018 foram fraudadas e que ele deveria ter ganho em primeiro turno. "A minha foi fraudada. Eu tenho indício de fraude, era para eu ter ganhado no primeiro turno", concluiu.
Conjuntura no Brasil
Após o episódio no Congresso norte-americano, extremistas articularam um movimento contra as eleições no legislativo. Por meio de disparos em massa pelo WhatsApp, os autodeclarados anticomunistas estão convocando cidadãos a impedirem a eleição de candidatos de esquerda à presidência das Câmaras Municipais e da Câmara dos Deputados.
Os disparos prometem protestos nos dias 30 e 31 de janeiro e 1º e 2 de fevereiro. “O Brasil estará de plantão”, dizem os comunicados, que pedem visitas presenciais às casas legislativas para impedir “candidatos comunistas” de tomarem posse. “Não queremos o comunismo no Brasil. Baleia Rossi, candidato do PT, fora da Câmara”, defendem os disparos em massa.