Os gastos do governo federal com alimentos considerados supérfluos, como os R$ 15 milhões em leite condensado, movimentaram a internet. Nesta quarta-feira (27/01), o deputado federal, filho do presidente, Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) compartilhou uma série de tuítes tentando justificar a compra dos produtos.
Ele iniciou dizendo que “leite condensado não se mistura com pão com mortadela”, fazendo referência ao termo utilizado para descrever os simpatizantes do PT e pessoas ligadas à esquerda.
1) LEITE CONDENSADO NÃO SE MISTURA COM PÃO COM MORTADELA
— Eduardo Bolsonaro???????? (@BolsonaroSP) January 27, 2021
Sempre com objetivo de criar narrativas para desgastar o Presidente, ontem circulou informação dando a entender que o Presidente teria gasto R$ 15,6 milhões com leite condensado em 2020.
Segue???? pic.twitter.com/3CZjsQQD2r
Logo em seguida, ele diz que o produto virou a marca do governo Bolsonaro. O parlamentar também compartilhou uma imagem com gráficos mostrando que quase parte total deste valor foi gasto com o Ministério da Defesa.
Após mostrar cálculos de quanto leite condensado é gasto por pessoa para os militares das forças armadas, Eduardo Bolsonaro finaliza sua justificativa dizendo que “é um produto calórico indicado a quem faz muitas atividades físicas”.
3) Falando meias verdades e ignorando o teor completo da informação, algo que para ser buscado necessita de tempo e pesquisa nem sempre ao alcance dos brasileiros foi deixado de lado que dos R$ 15,6 milhões só para o Ministério da Defesa (MD) vão R$ 14,2 milhões (91%). pic.twitter.com/ZhociBNdFg
— Eduardo Bolsonaro???????? (@BolsonaroSP) January 27, 2021
Desta forma, segundo o parlamentar, não existe desvio ou superfaturamento como dizem as pessoas que pedem o impeachment “de um presidente honesto”.
O levantamento dos gastos do governo federal em 2020 foi publicado pelo site Metrópoles. Segundo a reportagem, foi apurado com base do Painel de Compras atualizado pelo Ministério da Economia, no último ano, que todos os órgãos do executivo pagaram, juntos, mais de R$ 1,8 bilhão em alimentos – um aumento de 20% em relação a 2019. Para a reportagem, foram considerados apenas os itens que somaram mais de R$ 1 milhão em despesas.
*Estagiária sob supervisão do subeditor Frederico Teixeira
Notícias pelo celular
Receba direto no celular as notícias mais recentes publicadas pelo Correio Braziliense. É de graça. Clique aqui e participe da comunidade do Correio, uma das inovações lançadas pelo WhatsApp.
Dê a sua opinião
O Correio tem um espaço na edição impressa para publicar a opinião dos leitores. As mensagens devem ter, no máximo, 10 linhas e incluir nome, endereço e telefone para o e-mail sredat.df@dabr.com.br.