O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), usou as redes sociais, na noite desta quarta-feira (20/1), para ironizar a nota divulgada pelo Ministérios das Comunicações, na qual o governo afirma ser o único a negociar com a China a compra de insumos para a produção da CoronaVac. A declaração do Palácio do Planalto ocorreu no mesmo dia que Maia se reuniu com o embaixador chinês, Yang Wanming, para tratar sobre o imunizante contra a covid-19.
“Ótima notícia. Finalmente o governo entendeu a importância de manter uma boa relação com a China. Menos ideologia e mais pragmatismo costumam render frutos”, escreveu Maia no Twitter.
Na nota, o Ministério das Comunicações afirmou que o governo do presidente Jair Bolsonaro trata com "seriedade" as questões relacionadas às vacinas. "O governo federal vem tratando com seriedade todas as questões referentes ao fornecimento de insumos farmacêuticos para produção de vacinas (IFA)", diz o comunicado. "Ressalta-se que o Governo Federal é o único interlocutor oficial com o governo chinês", acrescenta.
Reação
Além de tentar frear o presidente da Câmara, a nota do governo foi uma reação ao governador de São Paulo, João Doria (PSDB). Com a falta de previsibilidade na entrega dos materiais para a produção da vacina pelo Instituto Butantan, o governador tucano pretendia ir até o país asiático para negociar a liberação dos insumos.
"Há um mal-estar claro do governo chinês com o governo brasileiro. Isso é óbvio. Não é por outra razão que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, foi se encontrar com o embaixador da China, hoje. Há um mal-estar após tantas agressões de Jair Bolsonaro contra a China, contra a vacina da China, suportado por manifestações de dois dos seus filhos, Carlos e Eduardo. Há um mal-estar que precisa ser superado", disse Doria em entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.
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