Na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados, o líder do centrão, Arthur Lira (PP-AL), afirmou nesta segunda-feira (18/01), que a abertura de processo de impeachment não deve ser debatido por candidato. Cabe ao presidente da Casa a aceitação de um processo de impedimento contra o chefe do Executivo.
“Eu já disse que impeachment não é pauta de candidato a presidente da Câmara. O presidente atual tem 50 pedidos de impeachment. Essa pergunta teria que ser feita ao presidente atual”, afirmou Lira.
O líder do centrão vem sendo apoiado nos bastidores na disputa pelo comando da Câmara pelo presidente Jair Bolsonaro. Em 2019, Lira foi o principal articulador para que o seu bloco partidário passasse a compor a base do governo no Congresso.
Conforme o Correio mostrou, atualmente estão protocolados na Câmara dos Deputados mais de 60 pedidos de impedimento contra Jair Bolsonaro. Depois da crise sanitária em Manaus da última semana e do atraso na compra e distribuição de vacina contra a covid-19 no Brasil, a aceitação de um dos processos contra o presidente começou a ser defendida por parte dos deputados.
Na última sexta-feira (15), durante coletiva com o governador de São Paulo, João Doria, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou que a discussão de um impeachment contra Bolsonaro seria “inevitável” no futuro. No entanto, Maia afirmou que isso caberá ao seu sucessor no comando da Casa.
“Esse tema de forma inevitável será discutido pela casa no futuro. Temos de focar no principal, que agora é salvar o maior número de vidas, mesmo sabendo que há uma desorganização e uma falta de comando por parte do Ministério da Saúde”, defendeu Maia na ocasião.
Presente na coletiva, o candidato apoiado por Maia na disputa pela presidência da Câmara, Baleia Rossi (MDB-SP), desconversou ao ser questionado sobre a possibilidade de um processo de impedimento contra o chefe do Executivo.
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