O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta sexta-feira (15/1) que ele e os irmãos ainda estão decidindo se a mãe, Dona Olinda Bolsonaro, 93 anos, será vacinada contra a covid-19. O chefe do Executivo voltou a afirmar também que não tomará a dose porque já está "imunizado". A fala ocorreu em entrevista ao programa Pingos nos Is.
"A vacina chama-se emergencial. Não está devidamente comprovada ainda. Os laboratórios e seus contratos dizem que não se responsabilizam por efeitos colaterais. No que depender de mim, a vacina não será obrigatória. E a vacina que for certifica pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) será adquirida por nós", apontou.
Bolsonaro voltou a dizer que já possui anticorpos, por ter sido diagnosticado em julho do ano passado com a doença.
"Eu já fui contagiado. Já tenho anticorpos. Para que tomar vacina? Agora, quem quiser tomar vacina, repito. Vai tomar, vai estar a disposição sabendo de possíveis efeitos colaterais aos quais os laboratórios não se responsabilizam. Então, eu não estou fazendo campanha contra a vacina. Até um irmão meu entrou em contato esta semana: "Ô, Jair. A nossa mãe está com 93 anos e mora aqui no Vale do Ribeira. Vai tomar vacina ou não?". Somos meia dúzia de irmãos e estamos decidindo o que vai acontecer com a minha mãe", contou.
Anticorpos
Mesmo sem comprovação de tempo de duração de imunidade contra o vírus, ele ainda aconselhou a quem já tiver sido contaminado com a doença a não se vacinar e deixar as doses para aqueles que não tiverem anticorpos.
"Eu, particularmente, já tenho anticorpos. Não preciso tomar vacina. Assim como acredito, posso estar equivocado, que quem já foi contaminado e tem os anticorpos, não precisa gastar uma vacina. E a vacina, a gente sabe que não vai chegar para todo mundo este ano. Então, quem já foi infectado e tem os anticorpos, deixa para quem não foi contaminado ainda tomar a vacina", pediu.
Por fim, o mandatário reforçou que não tomará a vacina. "Eu não pretendo tomar vacina sem que ela seja devidamente comprovada cientificamente. Não pretendo tomar. Quem quiser tomar, o governo vai estar à disposição. O governo federal vai fazer campanha sim, mas campanha responsável para o povo se vacinar sabendo aí de todas as possíveis consequências e efeitos adversos", concluiu.
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