O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira (14/1) que o tratamento precoce contra a covid-19 está sendo politizado. A declaração foi feita a apoiadores na saída do Palácio do Alvorada.
"Estamos com problema sério em Manaus. Tratando à noite, de madrugada. Agora tivemos a informação, não sei se é verdadeira, vou confirmar se é verdadeira ainda. O PSol teria entrado com uma ação na Justiça para que os prefeitos não deem tratamento precoce ao pessoal que procurar a saúde. Se for verdade isso aí, pelo amor de Deus. Acho que está na hora de parar de politizar esse negocio, aí", apontou, completando que recebeu no começo da manhã a visita do ministro da Saúde, Eduardo Pazuello.
O mandatário defende o uso de medicamentos sem comprovação científica como ivermectina, Annita e hidroxicloroquina no surgimento inicial de sintomas do novo coronavírus.
A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) já afirmou que não há comprovação de eficácia das medicações citadas acima no tratamento contra a covid-19. Em novembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) apontou que as substâncias mencionadas são indicadas apenas para o tratamento dos males e sintomas especificados na bula.
"Não é fácil"
A apoiadores que pediram que Bolsonaro gravasse vídeos para familiares, o presidente que costuma ser solícito com a claque, visivelmente incomodado, se desculpou, mas rebateu que “estava com pressa” e com “muita coisa para fazer”. “Estou com muita pressa. Estou com muita coisa para fazer. Vai demorar se eu gravar. Não vai dar tempo”, justificou.
O chefe do Executivo também falou sobre o desafio de ser presidente da República. "Tem gente que acha que ser presidente, ser governador, prefeito, é para comemorar. Não é para comemorar. É um tempo que você vai passar trabalhando, se você quiser, obviamente, trabalhando para o próximo. Não é fácil", apontou.
Banco do Brasil
Bolsonaro evitou responder a um outro apoiador durante a manhã. O homem questionou o mandatário sobre a veracidade a respeito da demissão do presidente do Banco do Brasil, André Brandão que tomou posse há menos de quatro meses. “Presidente, é verdade que o presidente do Banco do Brasil vai ser demitido?”.
No entanto, o mandatário se limitou a lançar um olhar sério ao bolsonarista e decidiu ignorar a questão.
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