O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), criticou nesta quarta-feira (13/1) a declaração do presidente Jair Bolsonaro, que colocou em dúvida a eficácia da vacina CoronaVac.
“Lamentável a declaração do presidente Bolsonaro sobre a vacina do Butantan. Ao invés de comemorar o fato de o Brasil ter um imunizante seguro e eficaz para combater a pandemia, ele ironiza a vacina”, escreveu o tucano, por meio de uma rede social. “Enquanto brasileiros perdem vidas e empregos, Bolsonaro brinca de ser presidente”.
Lamentável a declaração do presidente Bolsonaro sobre a vacina do Butantan. Ao invés de comemorar o fato do Brasil ter um imunizante seguro e eficaz para combater a pandemia, ele ironiza a vacina. Enquanto brasileiros perdem vidas e empregos, Bolsonaro brinca de ser Presidente.
— João Doria (@jdoriajr) January 13, 2021
Horas antes, o chefe do Executivo ironizou a eficácia de 50,38% da vacina CoronaVac. A apoiadores na saída do Palácio da Alvorada, o chefe do Executivo questionou: “Essa de 50% é uma boa ou não?” O mandatário emendou que tem "apanhado" com as críticas, mas que a população, agora, "está vendo a verdade" sobre os imunizantes contra covid-19. Ele ressaltou, porém, que a decisão sobre o uso das vacinas passa pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
“O que eu apanhei por causa disso, agora estão vendo a verdade. Estou há uns quatro meses apanhando por causa da vacina. Entre mim e a vacina tem a Anvisa. Eu não sou irresponsável. Não estou a fim de agradar quem quer que seja. É a vacina que passar pela Anvisa, seja qual for. Passou por lá… Já assinei um crédito de R$ 20 bilhões para comprar isso”, apontou.
A uma apoiadora que alegou que tomaria o imunizante apenas depois que ele próprio recebesse a dose, o presidente rebateu: “Eu já sou infectado”.
Eficácia
Na terça (12), após questionamentos sobre a eficácia da vacina CoronaVac anunciada na última semana pelo Instituto Butantan e pelo governo de São Paulo, foi divulgado que a eficácia global do imunizante contra a covid-19 é de 50,38%. Na semana passada, o governo estadual e o instituto paulista anunciaram uma eficácia de 78% para casos leves e 100% para casos graves.
Os números, entretanto, são recortes do estudo. Ao observar toda a amostra, chega-se à eficácia geral, principal indicador da pesquisa e cujo número é menor. Desta forma, os números mostram que a vacina reduz pela metade o risco de desenvolver a doença, mesmo em casos muito leves (que não precisam de atendimento médico).
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