O presidente Jair Bolsonaro voltou a dizer, nesta terça-feira (12/1), que teve suas decisões “tolhidas e castradas” pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em meio à pandemia de covid-19. A declaração ocorreu durante a cerimônia de aniversário de 160 anos da Caixa. Bolsonaro não citou diretamente a Corte, mas já teceu anteriormente reclamações sobre o Supremo conferir a governadores e prefeitos o poder de decidir localmente sobre suas políticas de isolamento social e fechamento de comércios para conter a doença.
O chefe do Executivo também ressaltou, na comemoração, que o clima no Planalto está "leve" e que o governo está cada vez mais próximo do Legislativo.
"Nunca o clima esteve tão leve nesse recinto. Aqui, Deus está presente. Um governo que cada vez mais se entende com o Legislativo. Um governo que cada vez mais provoca, cria paz entre nós, que com o nosso entendimento, com a nossa harmonia, nós conseguiremos dias melhores para todos. Um povo, que mesmo em momentos difíceis, superamos desafios, respeitamos a todos, trabalhamos arduamente mesmo por momentos tendo as suas atribuições castradas. Nós não esmorecemos. Buscamos alternativas. Um governo que não ceifou um só emprego, muito pelo contrário, manteve milhões de empregados pelo Brasil", alegou.
O mandatário teceu agradecimentos à Caixa Econômica Federal por conta do auxílio emergencial e repetiu que mesmo "tolhido", conseguiu ajudar a população.
"A Caixa que nos orgulha é um órgão, uma instituição, mas que traz a paz. Em momentos difíceis da pandemia criou mais de 60 milhões de contas para pagar, Paulo Guedes, quem esperava um apoio do governo", observou.
Bolsonaro ressaltou que os economistas do governo "possuem coração". "Muitos dizem que economistas não têm coração. Paulo Guedes e os nossos economistas têm coração. O seu trabalho, juntamente com os demais ministros, e ao lado da Caixa, levou alento a estes que tudo perderam por uma política não pensada de 'fecha tudo que a economia a gente vê depois'. Nós trabalhamos, repito, mesmo tolhidos, para levar paz aos homens e mulheres de nosso Brasil", garantiu.
Imprensa
Ao final, o presidente mandou um recado à imprensa, a qual tem atacado continuamente. "Minha adorada imprensa, vocês nunca tiveram tanta liberdade como no meu governo. Nunca se ouviu falar em controle social da mesma. Vocês têm liberdade de sobra. Eu lamento o fechamento das mídias sociais, elas não concorrem com vocês. Uma estimula a outra. A liberdade não tem preço", completou.
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