O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acusou o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de ser "covarde". Em publicação feita neste sábado (9/1) nas redes sociais, o congressista menciona reportagem da revista Veja que afirma que o presidente culpa o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, pela perda de popularidade e pelo atraso no início da vacinação contra a covid-19 no Brasil.
Bolsonaro é covarde. https://t.co/c0bI9TRma3
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) January 9, 2021
Horas depois, Maia fez uma outra postagem, dizendo que Bolsonaro tinha culpa nas mais de 200 mil mortes em decorrência da covid-19 registradas no país.
Bolsonaro: 200 mil vidas perdidas até agora. Você tem culpa.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) January 9, 2021
Nos comentários da publicações, vários internautas cobraram que Maia acatasse algum dos pedidos de impeachment de Bolsonaro apresentados à Câmara. Na sexta-feira (8/1), manifestantes se reuniram na Praça dos Três Poderes para pedir o afastamento do presidente e "vacina já".
Também na sexta-feira, Maia e Bolsonaro protagonizaram um embate em torno da disputa pela Presidência da Câmara. O atual presidente da Casa quer emplacar Baleia Rossi (MDB-SP) como seu sucessor, enquanto o Planalto apoia Arthur Lira (Progressistas-AL).
Bolsonaro atacou Maia pela aliança feita com o PT em prol da candidatura de Baleia Rossi — ao todo, 11 partidos integram o bloco de apoio ao emedebista. Em resposta, o presidente da Câmara disse "não se surpreender" com as críticas do chefe do Executivo. "Só compreendem o nosso gesto aqueles que defendem a democracia antes de tudo", disse.
Não me surpreende que o presidente Bolsonaro critique a união de partidos em apoio à candidatura de Baleia Rossi à presidência da Câmara. Só compreendem o nosso gesto aqueles que defendem a democracia antes de tudo. Aqueles que respeitam diferenças e valorizam o diálogo.
— Rodrigo Maia (@RodrigoMaia) January 8, 2021
Já neste sábado, Maia dirigiu-se a Lira, afirmando que o colega de parlamento usa as mesmas práticas do "chefe" para proferir ataques contra adversários.
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