A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) negou, nesta quarta-feira (23/12), a reserva de vacinas contra a covid-19 para ministros e servidores do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte havia solicitado o recebimento de 7 mil doses quando algum dos imunizantes em teste for aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
De acordo com a Fiocruz, as doses serão repassadas ao Ministério da Saúde, para distribuição no Sistema Único de Saúde (SUS). “A Fiocruz esclarece que, como uma instituição estratégica do Estado brasileiro, visa garantir a produção nacional da vacina contra a covid-19 para a população brasileira, pelo SUS, e atender à demanda do PNI (Programa Nacional de Imunização)”, afirmou a entidade, em resposta enviada ao Tribunal.
O Supremo alegou que a imunização iria ajudar a Corte a "contribuir com o país", vacinando servidores e destinando equipamentos públicos de saúde para outras pessoas. Além do Supremo, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e o Tribunal Superior do Trabalho (TST) procuraram a entidade para tentar reservar a compra de doses da vacina.
“O Tribunal Superior do Trabalho informa que também solicitou à Fiocruz a compra de doses de vacina contra a Covid-19 para realização de vacinação interna com o intuito de colaborar e acelerar o processo de imunização da população”, informou o TST, em nota. Os demais pedidos também devem ser negados, pois a Fiocruz não tem autonomia para decidir quais grupos receberão as doses primeiro.