As lideranças do PT bateram o martelo na tarde desta sexta-feira (18/12) e o partido vai apoiar o candidato que for apresentado por Rodrigo Maia (DEM-RJ) na disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. A sigla estava rachada e parte do grupo defendia que a oposição tivesse candidatura própria na disputa.
Rodrigo Maia aguardava essa definição do PT, que tem a maior bancada da Casa, para definir quem seria o seu candidato. Entre os cotados estão os deputados Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) e Baleia Rossi (MDB-SP). Pelo acordo que está sendo costurado, os petistas ficariam a com a primeira secretaria da Mesa Diretora.
Agora, além do partido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o bloco de Maia conta com a adesão de outras legendas da oposição, como PDT, PSB e PCdoB. Outras siglas de centro, como DEM, PSDB, MDB, PSL, Cidadania e PV já haviam aderido o bloco do democrata.
Mesmo com essa definição, Rodrigo Maia ainda não definiu uma data para apresentar o nome que terá sua benção. Existia uma expectativa que essa definição ocorresse ainda nesta sexta, mas o democrata pode deixar o anúncio para a próxima semana.
Votos decisivos
Com mais de 130 votos, os partidos da oposição são tidos como decisivos na disputa pelo comando da Casa. Líder do centrão e candidato à presidência, Arthur Lira (PP-AL) tentou uma aproximação com esse bloco, mas foi rejeitado por ser apontado como nome do governo de Jair Bolsonaro.
Correndo por fora, Lira já conseguiu o apoio de nove siglas e, com isso, já teria ao menos 200 votos na disputa. O mais recente partido a aderir ao grupo foi o Republicanos, liderado por Marcos Pereira (SP) e ex-aliado de Rodrigo Maia.
Traição
Nas contas de aliados de Maia, a fidelidade da esquerda ao bloco será grande. Eles calculam que cerca de 120 parlamentares apoiarão o nome indicado pelo deputado. A votação para a presidência da Câmara é secreta, portanto a adesão do partido não significa que o deputado, necessariamente, votará no indicado da sigla.