O presidente Jair Bolsonaro afirmou na tarde desta terça-feira (15/12) que reconheceu hoje a vitória de Joe Biden como presidente americano mais de 30 dias após as eleições. Segundo o chefe do Executivo, ele pediu ao ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, que fizesse o comunicado. A declaração ocorreu durante entrevista ao Datena na TV.
“Alguns minutos antes de entrar no ar eu já dei um 'start' para o nosso ministro Ernesto Araújo, para ele fazer essa comunicação nossa, nas redes oficiais do governo e, depois, nas minhas redes particulares. Posso te mandar agora aqui, desligando o telefone, qual foi a mensagem que eu mandei para o presidente Biden. Da minha parte, e da parte dele, com toda certeza, o americano é pragmático, nós vamos fazer um trabalho de cada vez mais aproximação”, apontou.
O mandatário ainda comentou sobre a relação com o presidente Trump.
"Com o Trump foi excelente. O que o americano tinha do Brasil era sempre uma política um tanto quanto agressiva. Era o tempo todo o pessoal aí, alguns presidentes anteriores, quase todos chamando ele de imperialista colocando nele a culpa de tudo de ruim que acontecia no mundo, e não é assim. Avançamos. Conseguimos alguma coisa com o governo Trump e espero que tudo dê certo com o Biden agora já que os delegados reconheceram lá que ele foi realmente eleito. Não vou discutir mais a questão se houve ou não uma eleição tranquila lá".
O presidente também destacou que não tecerá comentários que coloquem em dúvida o resultado das eleições americanas. "Não cabe eu falar absolutamente mais nada, esperei por reconhecimento e nós, aqui, já fizemos o comunicado agora há pouco ao presidente Joe Biden".
"Melhores votos"
Bolsonaro também se manifestou pelas redes sociais: "Saudações ao Presidente @JoeBiden, com meus melhores votos e a esperança de que os EUA sigam sendo 'a terra dos livres e o lar dos corajosos'. Estarei pronto a trabalhar com o novo governo e dar continuidade à construção de uma aliança Brasil-EUA, na defesa da soberania, da democracia e da liberdade em todo o mundo, assim como na integração econômico-comercial em benefício dos nossos povos", escreveu.