O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira, 7, em entrevista à CNN Brasil, que ele teria uma taxa de avaliação positiva pelo eleitorado de entre 20% e 25%. Embora não tenha deixado claro a que parâmetros de pesquisa se referia, ele disse considerar esses números "muito fortes" para o cargo que ocupa, mas acrescentou que eles ainda seriam insuficientes para se candidatar à Presidência da República.
O parlamentar disse que prefere buscar um consenso entre partidos e quadros que vão da centro-esquerda à centro-direita para ter uma candidatura ao cargo máximo do País que, diante da possível união entre esses campos, passaria a ser favorito para a eleição nacional de 2022.
Ao abordar esses cenários, Maia respondia a uma pergunta sobre a hipótese de o DEM ficar sem a presidência da Câmara e do Senado após o placar formado em julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) contra a possibilidade de ele e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), buscarem a reeleição dentro da mesma legislatura.
Também a respeito desse tema, Maia defendeu que o seu partido tem quadros capazes de mantê-lo no comando das Casas Legislativas bem como governar estados e, até, lançar um candidato a presidente daqui a dois anos. "O DEM será o grande construtor de consensos entre siglas de diferentes espectros políticos e, se possível, terá candidato próprio à presidência da República", disse.
Na entrevista à emissora, o deputado também expôs a visão de que a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estaria trabalhando de uma forma que não lhe parece a mais adequada como um órgão de Estado. Ele cobrou que a agência ofereça mais "tranquilidade" no sentido de que não tomará parte na rixa entre o governo de São Paulo, comandado por João Doria (PSDB), e o governo federal de Jair Bolsonaro (sem partido).
No mesmo dia em que o tucano apresentou o Plano Estadual de Imunização (PEI) com a CoronaVac - que está na fase final de estudos e, portanto, em etapa anterior ao protocolo de registro para aprovação ou não da Anvisa -, Maia comentou ainda que o governo federal precisa apresentar um plano de vacinação que não deixe margem à judicialização desse assunto.