Uma nova fase da operação Lava-Jato mira Júlio Lopes, o ex-deputado federal e ex-secretário de Transportes do Rio de Janeiro. Agentes cumprem quatro mandados de busca e apreensão na operação Fim do Túnel, nesta segunda-feira (7/12).
As diligências se baseiam em fatos revelados pelas operações Tolypeutes, Fatura Exposta e Ponto Final sobre pagamento de propina para o governo do estado envolvendo desvios nas obras da linha 4 do metrô e fraudes em contratos do setor rodoviário. Pagamento de propina envolvendo contratações no setor de Saúde também fazem parte das investigações.
A casa do ex-deputado e um escritório de advocacia ligado a ele são alvos de buscas. Júlio Lopes foi alvo de denúncia pela Procuradoria-Geral da República (PGR), que sustenta que ele recebeu propina quando era secretário no Rio, entre 2010 e 2014; e quando foi deputado, entre 2016 e 2017.
Defesa
Lopes e os demais investigados podem responder por corrupção, organização criminosa e lavagem de dinheiro. Em nota, a defesa do ex-parlamentar negou que ele esteja envolvido em irregularidades. "Ao longo de quatro anos de investigações, Júlio Lopes sempre se colocou à disposição das autoridades para explicar qualquer fato. Júlio Lopes não praticou nenhum crime ao longo de sua gestão na Secretaria de Transportes e, não por outra razão, as afirmações caluniosas de delatores nunca foram levadas a sério. A esdrúxula medida, que versa sobre fatos requentados, sequer poderia ter sido decretada pelo juízo da Sétima Vara Federal do Rio de Janeiro, por ofender a competência da Justiça Eleitoral, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal (STF)", diz o texto.