Atento a 2022, o presidente Jair Bolsonaro vem combatendo potenciais adversários dele nas eleições. O ministro das Comunicações, Fábio Farias, disse ao Correio, em entrevista publicada na quarta-feira, que um eventual candidato de centro não teria força para derrotar o chefe do Executivo.
Na contramão, partidos de centro, como PSDB, DEM e MDB, tentam construir bases para formar uma chapa com chances de baterem Bolsonaro. Entre os articuladores dessa frente está o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM). Por sua vez, Ciro Gomes (PDT) tem sinalizado que poderia costurar acordos com os partidos da centrodireita.
Nessa linha, Maia vem conversando com Ciro Gomes, com o apresentador Luciano Huck e com o governador de São Paulo, João Doria (PSDB). O nome de Sergio Moro é visto como opção, mas o ex-ministro não tem a simpatia do parlamentar. “Moro é consultor de uma empresa que presta serviço para a Odebrecht, acho que ele já está encaminhado ao setor privado”, alfinetou Maia, nesta semana.
Para Paulo Loiola, mestre em gestão de políticas públicas e estrategista político da Baselab, a visão de Fábio Faria está correta, em termos. “Concordo com o ministro quando ele diz que o centro não tem uma candidatura forte, mas, até 2022, isso poder mudar, tendo em vista que o Ciro (Gomes) já admitiu que vai negociar com os demais. Além disso, uma figura como a do Huck, que está fora do sistema,pode aparecer como nome viável.”