O prefeito eleito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (DEM), quer ajuda do governo federal para enfrentar os problemas e ampliar o combate à covid-19 na capital carioca. Por isso, ontem telefonou para o presidente Jair Bolsonaro. Ele descartou a possibilidade de um novo lockdown no Rio.
Paes comemorou a vitória nas urnas discursando ao lado do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que avisou que o “centro virá forte em 2022”. Porém, manteve contato com o Palácio do Planalto –– cuja intermediação foi feita pelo senador Flávio Bolsonaro (Republicanos) –– a fim de garantir a liberação de até 450 mil testes para identificar a presença do novo coronavírus, que virão do estoque de mais de 6 milhões de testes guardados pelo Ministério da Saúde num galpão no aeroporto de Guarulhos (SP).
O prefeito eleito já determinou que o futuro secretário municipal de saúde, o médico sanitarista e pesquisador Daniel Soranz, designado por ele na semana passada, procure o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, para garantir a testagem na população, logo no início da nova administração. Há, inclusive, a expectativa de que Paes venha a Brasília, nos próximos dias, para tratar pessoalmente da liberação dos testes. “O presidente Bolsonaro é do Rio, tem um monte de pessoas importantes no governo federal que são do Rio, e o Rio precisa de ajuda nesse momento”, argumentou.
Sobre a vacina, Paes deixou de lado a politização e disse que quer “a que a Anvisa autorizar”. “Se vai ser china, russa, alemã, japonesa, não importa”.