O procurador-geral da República (PGR), Augusto Aras, disse nesta terça-feira (15/12) que o inquérito que investiga financiamento e organização de atos antidemocráticos freou movimentos extremistas no país. O inquérito foi aberto após pedido da PGR, e é relatado no Supremo Tribunal Federal (STF) pelo ministro Alexandre de Moraes, com investigações realizadas pela Polícia Federal.
“Esse inquérito deu uma certa estabilidade ao país num momento relevante em que havia movimentos extremistas. Esse inquérito tem relevo especial para estabilidade do Estado brasileiro. Graças a esse inquérito, nós fizemos, dentro do devido processo legal, um procedimento para compreender qual a dinâmica, qual o propósito, de grupos ou de pessoas, ou mesmo de parlamentares, no sentido daquela crescente atividade extremista (...). Houve um efeito pedagógico”, disse.
Onda de protestos
O inquérito foi aberto quando se espalhava pelo país uma onda de protestos pedindo o fechamento do Congresso Nacional e do STF, um ato ilegal que colocaria em risco a democracia brasileira. Aras negou que a procuradoria tenha abandonado o inquérito, dizendo não ser da natureza do MP acompanhar cada inquérito em curso.
“Se cada promotor, procurador, tivesse que acessar todo e qualquer ato de investigação do país, certamente que os 13 mil procuradores e promotores não dariam conta. Só no âmbito do MPF temos 18.845 inquérito em curso só para apurar combate à corrupção”, pontuou.
O pedido de abertura da investigação foi feito no dia 20 de abril, após manifestações no Dia do Exército, 19 de abril. O presidente Jair Bolsonaro compareceu a um protesto que pedia o fechamento de outros órgãos e o retorno da Ditadura Militar. Aras foi, na época, muito questionado sobre o fato de o presidente não ter sido incluído na investigação. Sobre isso, negou que houvesse elementos para tal ação, ressaltando que as posições do MPF são sempre explicadas dentro da lei.
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