O ex-ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, acredita que o caso divulgado nesta sexta-feira, (11/12), de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) produziu documentos para orientar a defesa do filho do presidente Jair Bolsonaro, o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), como uma ação clara de desvio de finalidade.
Segundo o portal Uol, Moro disse a interlocutores que acredita que a informação sobre a atuação da Abin em favor do senador pode ser anexada ao inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF), que investiga se o presidente Bolsonaro interferiu na Polícia Federal, para beneficiar amigos e familiares, por serem temas semelhantes.
O episódio ligado ao caso das rachadinhas, envolvendo o ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. De acordo com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), Queiroz comandava o esquema de entrega de parte de salários de assessores para uso particular de parlamentares.
Nos documentos que a reportagem teve acesso, com autenticidade e procedência confirmadas pela defesa do senador, a Abin detalha o funcionamento da suposta organização criminosa em atuação na Receita Federal.
Segundo suspeita dos advogados de Flávio, a Receita teria feito um escrutínio ilegal em seus dados fiscais para fornecer o relatório que gerou o inquérito das rachadinhas.
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