O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou nesta segunda-feira (7/12), que não se frustou com o resultado do julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) que vetou a possibilidade de reeleição para as presidências do Legislativo. O democrata acusou o governo de ter antecipado o processo de sua sucessão.
"O governo antecipou o processo da minha sucessão, agora a Câmara pode voltar a questões prioritárias, como a PEC emergencial que deveria ter sido votada em dezembro de 2019, entre outras matérias que podem mudar os parâmetros da economia brasileira", disse o parlamentar, em entrevista à Globo News.
Maia alegou que o objetivo do governo era "derrotá-lo", mas que ele nunca se colocou como candidato à reeleição. "A candidatura do governo é contra Rodrigo Maia. Acabaram as desculpas, não precisam mais me derrotar, vamos trabalhar para garantir equilíbrio fiscal para os próximos 24 meses", alfinetou. O Palácio do Planalto vem trabalhando nos últimos meses para que o deputado Arthur Lira (PP-AL) assuma o comando da Casa no próximo ano.
Independência
Para a sua sucessão, Maia afirmou que tem conversado com um grupo de deputados comprometidos com a agenda econômica liberal e com a independência da Câmara em relação a outros poderes. O democrata citou como prováveis candidatos os parlamentares Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), Baleia Rossi (MDB-SP) e Marcos Pereira (Republicanos-SP).
De acordo com o presidente da Câmara, a decisão do STF deu mais "energia" aos deputados que articulam a disputa pelo comando da Casa. Maia enfatizou que seu candidato vai representar o movimento de independência da Câmara dos Deputados.
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