O presidente Jair Bolsonaro voltou a justificar na noite desta quarta-feira (2/12) o aumento na conta de energia elétrica dos brasileiros e ainda levantou a possibilidade de racionamento. O chefe do Executivo comentou a situação a apoiadores na entrada do Palácio da Alvorada.
"O pessoal critica. Agora, se eu não fizer nada, daqui a um mês, se não chover, você pode ir para um racionamento, até pode ter apagão. Daí piora tudo. E quanto mais baixa a represa, mesmo que você jogue nas turbinas (da hidrelétrica) a mesma quantidade de água, gera menos energia, porque tem menos potência. Então o problema é acumulado. Não tem como muitos querem, que você sempre diga sim e faça o que ele acha que é melhor. Não é assim", alegou.
O mandatário completou: "Fomos obrigados a decretar bandeira vermelha há dois dias. Por que isso aí? É pra poder pagar energia mais cara que vêm da termoelétrica, porque as reservas estão lá embaixo. As represas estão lá embaixo".
"Obrigado, PR"
Bolsonaro ressaltou que, caso as obras da usina nuclear Angra 3 no Rio de Janeiro estivessem prontas, "talvez não tivéssemos esse problema".
Na segunda-feira (30/11), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou a reativação do sistema de bandeiras tarifárias a partir de dezembro devido à queda no nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Ficou estabelecida a bandeira vermelha patamar 2, com o custo de R$ 6,243 para cada 100 quilowatts-hora consumidos. A medida já está em vigor.
O presidente rebateu um apoiador pelas redes sociais que ironicamente o agradecia pela alta na fatura. “A conta de luz vai aumentar. Obrigado PR”, escreveu o seguidor em uma das publicações do presidente.
Bolsonaro respondeu que os reservatórios estão com "níveis baixíssimos" e que, se nada fosse feito, haveria “risco de apagão”. De acordo com o mandatário, uma campanha contra o desperdício de energia elétrica também será lançada em breve pelo governo federal.
"As represas estão (com) níveis baixíssimos. Se nada fizermos poderemos ter apagões. O período de chuvas, que deveriam começar em outubro, ainda não veio. Iniciamos também campanha contra o desperdício”, apontou Bolsonaro.
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