SEGURANÇA

Bolsonaro diz que PF já identificou responsável por hackear sistema do STJ

Invasão à rede interna do Superior Tribunal de Justiça fez Corte paralisar os trabalhos até semana que vem

O presidente Jair Bolsonaro disse nesta quinta-feira (5/11) que a Polícia Federal já localizou o hacker responsável por invadir o sistema do Superior Tribunal de Justiça (STJ). O ataque à base de dados da Corte, que ocorreu na terça (3), implicou no cancelamento das sessões de julgamento e impossibilitou o funcionamento dos sistemas de informática e de telefonia do tribunal.

O chefe do Executivo confirmou a informação durante transmissão ao vivo pelas redes sociais e chegou a brincar com a situação. "Hackeamento do acervo do STJ. Aí, pessoal, alguém entrou lá no acervo do STJ, Superior Tribunal de Justiça, né? Pegou tudo, pegou todo o arquivo lá, guardou e pediu resgate", disse Bolsonaro, aos risos. 

O presidente continuou: "É o Brasil, né? Pedido de resgate... Bem, a Polícia Federal entrou em ação imediatamente. Tive a informação do diretor-geral da PF, o senhor Rolando Alexandre. E ele já foi elogiado pelo presidente do STJ (ministro Humberto Martins) no que ele conseguiu até agora. Já descobriram quem é o hackeador. Pô, o cara hackeou e não conseguiu ficar aí duas horas escondido, pô".

Impactos

Por conta do ataque hacker, o STJ informou que funcionará em regime de plantão até a próxima segunda-feira (9). Durante esse período, estarão suspensas todas as sessões de julgamento por videoconferência e também as sessões virtuais destinadas à apreciação de recursos internos, bem como as audiências. 

Em nota, a Corte explicou que a invasão bloqueou, temporariamente, com o uso de criptografia, o acesso aos dados do Tribunal. Essas informações, no entanto, estão preservadas nos sistemas de backup do STJ.

"Permanecem íntegras as informações referentes aos processos judiciais, contas de e-mails e contratos administrativos, mantendo-se inalterados os compromissos financeiros do tribunal, inclusive quanto à sua folha de pagamento", detalhou a instituição.

"A equipe da STI (Secretaria de Tecnologia da Informação e Comunicação) do STJ, juntamente com empresas prestadoras de serviços de tecnologia do tribunal, a exemplo da Microsoft, iniciou os procedimentos de recuperação dos ambientes dos sistemas de informática do Tribunal da Cidadania. As empresas designaram equipes especializadas para auxiliar o STJ na recuperação do ambiente tecnológico", acrescentou a Corte.

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