Eleições

Em Belém, ex-prefeito e estreante chegam ao segundo turno em empate

Capital paraense reproduz intensa polarização nacional tendo Edmilson Rodrigues, do PSOL, contra delegado Eguchi, do Patriota, defendendo ideais opostos

Agência Estado
postado em 28/11/2020 15:50
 (crédito: Antonio Augusto/Ascom/TSE)
(crédito: Antonio Augusto/Ascom/TSE)
Belém chega ao segundo turno com os candidatos em empate técnico, de acordo com a mais recente pesquisa Ibope. Edmilson Rodrigues, do PSOL, prega o diálogo aberto com todas as classes e faz uma campanha com ideais de esquerda. O delegado Eguchi, do Patriota, defende a família tradicional e está alinhado às frentes conservadoras. Em campos opostos, os dois protagonizaram debates quentes na TV.
Segundo a pesquisa Ibope divulgada no dia 21, Edmilson tem 45% das intenções de voto, ante 43% de Eguchi. A margem de erro da é de 4 pontos porcentuais, para mais ou para menos, colocando os candidatos em empate técnico.
Na reta final da corrida ao Palácio Antônio Lemos, Edmilson se aliou ao Partido Verde e ao ex-candidato Cássio Andrade (PSB), que teve 6,8% dos votos no 1º turno. O terceiro colocado (17%), José Priante (MDB), apoiado pelo governador Helder Barbalho, se manteve neutro. O PSOL já estava coligado a PT, PDT, PCdoB, PCB, UP e Redes.
Com chapa única desde a largada, Eguchi se mantém isolado partidariamente, mas líderes religiosos como Padre Eloy e os pastores Silas Malafaia e Marcos Feliciano, pediram votos para ele nas redes sociais. O delegado diz ser alinhado aos princípios de Jair Bolsonaro, apesar de não ter apoio público do presidente.
Eguchi, que teve 23,6% dos votos no primeiro turno, nunca ocupou um cargo eletivo, tinha menos de 10 segundos na TV e abriu mão do fundo partidário. Eguchi é economista e formado em direito. Em 2018, concorreu a deputado federal, mas não foi eleito. Já Edmilson, que recebeu 34,22% dos votos, foi prefeito de Belém por duas vezes, deputado estadual por três mandatos e ocupa uma cadeira na Câmara Federal, desde 2014. Ele foi do PT até 2005, e é o único candidato do PSOL a ir ao 2º turno nessas eleições, além de Guilherme Boulos, em São Paulo.
 

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