A comissão mista para o enfrentamento à covid-19 aprovou nesta terça-feira (24/11) um convite para que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, preste esclarecimentos sobre os quase 7 milhões de testes para detecção do novo coronavírus que estão encalhados em depósitos da pasta. O insumos estão próximo da data de vencimento.
Além disso, os parlamentares aprovaram um requerimento da senadora Eliziane Gama (Cidadania-MA), que pede mais informações acerca dos testes. O estoque, que poderá ser inutilizado, é maior que os cinco milhões de exames PCR aplicados pelo Sistema Único de Saúde (SUS) durante toda a pandemia.
Uma reunião com o Pazuello já estava marcada para 7 de dezembro, para fazer um balanço das ações do ministério em 2020. Contudo, a sessão deverá ser realizada antes, de acordo com o presidente do colegiado, senador Confúcio Moura (MDB-RO).
Investigação
Nesta segunda-feira (23), o Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pediu uma investigação sobre os testes. A representação, assinada pelo subprocurador-geral Lucas Furtado, aponta "inépcia" do governo federal em relação ao planejamento e logística de distribuição para a rede pública de saúde.
Furtado requer que o TCU apure eventual prejuízo ao erário, no valor de R$ 290 milhões e "à prestação dos serviços públicos de saúde no Brasil decorrente do vencimento do prazo de validade de milhões de testes adquiridos pelo Ministério da Saúde para o diagnóstico do novo coronavírus".
Bolsonaro
Questionado sobre os exames que podem parar no lixo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que as explicações devem ser cobradas de governadores e prefeitos, e não do governo federal. "Todo o material foi enviado para estados e municípios. Se algum estado/município não utilizou (os testes) deve apresentar os motivos", disse Bolsonaro a um apoiador que o questionou se a informação procedia.
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