Eleições 2020

Lula vota em São Bernardo do Campo e fala em retomada do PT

Ex-presidente defendeu que o partido irá recuperar prefeituras e amenizou crise sobre voto útil em Guilherme Boulos (PSol) em São Paulo

Wesley Oliveira
postado em 15/11/2020 09:29 / atualizado em 15/11/2020 15:01
 (crédito: Reprodução/Redes Sociais)
(crédito: Reprodução/Redes Sociais)

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva votou na manhã deste domingo (15/11), na cidade de São Bernardo do Campo, em São Paulo. Essa foi a primeira vez que o petista participou de um pleito desde as eleições municipais de 2016. Em 2018, Lula estava preso em Curitiba (PR) e não teve autorização da Justiça para votar.

Ao deixar a sala de votações, Lula afirmou que o PT sairá mais fortalecido e ganhará novas prefeituras neste ano. Em 2016 a sigla perdeu 60% das prefeituras que havia conquistado em 2012 (de 630 foi para 256), vencendo em apenas uma capital, Rio Branco (AC). Dessa vez, o PT tem boas chances de chegar ao segundo turno em apenas duas capitais (Vitória e Recife), mas, por enquanto, as pesquisas indicam que os candidatos perderiam no segundo turno.

"Essa é uma eleição muito importante e histórica para o PT, que sairá muito fortalecido. Estamos fazendo uma oposição muito forte em quem apostou no fim do PT. Diferentemente de outros partidos, o PT não troca de nome nem o compromisso com o trabalhador brasileiro", defendeu o líder da sigla.

São Paulo

Apesar do otimismo de Lula, o PT deverá sofrer uma de suas maiores derrotas das últimas décadas na corrida pela maior prefeitura do país, São Paulo. Após o ex-prefeito Fernando Haddad ter perdido em 2016 no primeiro turno para o atual governador paulista, João Doria (PSDB), o partido caminha para ficar em quinto lugar na eleição desse ano. O candidato Jilmar Tatto não conseguiu somar até agora mais de 6% de intenção de voto nas pesquisas Datafolha e Ibope.

Na contramão, outro candidato da esquerda, Guilherme Boulos (PSol) aparece na segunda colocação nas pesquisas, mas tecnicamente empatado com Russomano e Márcio França (PSB). Durante a campanha, integrantes do PT defenderam que Tatto desistisse da candidatura e embarcasse na campanha de Boulos. A movimentação foi defendida pela presidente do PT, Gleisi Hoffmann, mas descartada pelo candidato petista.

"Algumas pessoas fizeram movimento independente do partido. Temos que respeitar porque as pessoas são livres. A Gleisi [Hoffmann] cumpriu o papel dela como presidente do PT. O candidato [Jilmar Tatto] disse que iria continuar como candidato. E isso foi uma atitude soberana dele, temos que também respeitar", disse Lula.

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