O vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), filho "02" de Jair Bolsonaro e principal articulador do pai nas redes sociais, afirmou, na quinta-feira (12), que "limpa a bunda" com as gravatas do ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, e do general Santos Cruz. Ele rebateu críticas que ambos fizeram às declarações do presidente em relação a vacina CoronaVac, que está sendo desenvolvida pelo Instituto Butantan e pela farmacêutica chinesa Sinovac
Carlos respondeu a uma seguidora, que disse que Moro e Santos Cruz fizeram uma dobradinha no Twitter para criticar Bolsonaro. "Limpo a bunda com as gravatas dos dois", disse o vereador, em um post com mais de 3 mil curtidas.
Santos Cruz integra o rol de militares que levantaram críticas contra o governo. Bolsonaro comemorou a suspensão de testes com a vacina. "Mais uma que Jair Bolsonaro ganha", escreveu o presidente nas redes sociais, em referência ao governador de São Paulo, João Dória, que anunciou a compra de doses do medicamento.
Os testes já foram retomados, pois ficou provado que a morte de um voluntário ocorreu por suicídio, e não tem relação com imunizante.
GANHOU DE QUEM? Vacina, qq que seja, é saúde pública. É para a população. Não é assunto particular. O trato tem ser técnico e dentro da lei. Fora disso é irresponsabilidade, falta de noção mínima das obrigações, desrespeito pela saúde dos cidadãos. Vergonha! Sem classificação!
— General Santos Cruz (@GenSantosCruz) November 11, 2020
O post foi compartilhado por Moro e virou alvo das declarações de Carlos.
Limpo a bunda com as gravatas dos dois!
— Carlos Bolsonaro (@CarlosBolsonaro) November 12, 2020
Sem politização
Além deles, o comandante do Exército, general Edson Pujol também rebateu a "politização dos quartéis" e negou qualquer envolvimento político das Forças Armadas. "Não queremos fazer parte da política governamental ou política do Congresso Nacional e muito menos queremos que a política entre no nosso quartel, dentro dos nossos quartéis. O fato de, eventualmente, militares serem chamados a assumir cargos no governo, é decisão exclusiva da administração do Executivo."
Em artigo publicado no Correio, em 27/10, o general Otávio do Rêgo Barros, ex-porta-voz da Presidência, afirmou que o poder “inebria, corrompe e destrói”. Ele também criticou “seguidores subservientes” do governo, em claras críticas a Bolsonaro.
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