O comandante do Exército, general Edson Pujol, disse nesta sexta-feira (13/11) que a Arma é uma das menores do mundo. A observação do militar foi repleta de informações sobre a ausência de estrutura, frisando que não possui capacidade condizente com o tamanho do país. O reconhecimento das dificuldades técnicas do Exército vieram dias depois que o presidente Jair Bolsonaro disse, em referência ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden – a quem criticara minutos antes no mesmo discurso –, que quando acaba a "saliva" e a diplomacia, é o momento de usar a "pólvora". Os EUA têm a mais poderosa força militar do planeta e, de acordo com especialistas, somente Rússia e China seriam capazes de fazer frente aos norte-americanos.
"(Para) as dimensões continentais, o tamanho da população e a importância que o nosso país detém nas nossas fronteiras, subsolos, águas territoriais, o nosso Exército é um dos menores do mundo. E ainda assim, pelo tamanho, um orçamento que é insuficiente", disse. Pujol frisou que se houver uma emergência, não adianta "colocar 100 bilhões de euros" na instituição, visto que leva tempo para adquirir equipamentos, munição e ainda capacidade para treinar os militares a fim de utilizar equipamentos de ponta.
"Nós levaríamos muito tempo para preparar nossos recursos humanos para utilizar. [O Exército] Não é a força armada com maior sofisticação. Tem material que preciso preparar um militar cinco anos para poder usar em combate", explicou. Conforme Pujol, se o país quer ter forças armadas "à altura do país, não pode pensar em recursos diminutos", que ano a ano vão reduzindo as condições de defesa.
O comandante ainda frisou que o Exército é um braço do Estado, e não do governo. "Não mudamos a cada quatro anos a maneira de pensar e em como cumprir as nossas missões ", afirmou.
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