Crime organizado

Operação da PF mira líderes de milícia envolvidos nas eleições no Rio de Janeiro

Irmãos Natalino e Jerominho, que já ficaram presos por 11 anos, são acusados de fundarem a maior milícia do Rio, a Liga da Justiça

Hellen Leite
postado em 12/11/2020 08:17
 (crédito: Reprodução/Facebook)
(crédito: Reprodução/Facebook)

A Polícia Federal realiza, nesta quinta-feira (12/11), a operação Solón, que investiga a participação da milícia nas eleições municipais do Rio de Janeiro. Os fundadores e líderes da quadrilha Liga da Justiça, os irmãos Natalino e Jerominho Guimarães, são os alvos dos policiais.

Não houve a realização de prisões em respeito às regras da Justiça Eleitoral, que proíbe o cumprimento de mandados de prisão de candidatos a menos de 15 dias para o pleito e de eleitores a menos de 5 dias do dia de votação. No entanto, 85 policiais da PF cumprem 12 mandados de busca e apreensão.

Segundo a investigação, a dupla tenta cargos no Legislativo e no Executivo para retomar o poder que a Liga da Justiça tinha na Zona Norte do Rio de Janeiro. Atualmente, a milícia é a maior em atividade na cidade. Os irmãos chegaram a ser presos entre 2007 e 2018.

Jerominho havia anunciado a pré-candidatura ao legislativo municipal, mas desistiu em julho. Segundo a investigação, os irmãos participavam das eleições mediante lavagem de dinheiro. As investigações notaram movimentações financeiras incomuns em empresas ligadas aos investigados. os valores teriam sido usados em campanhas eleitorais.

Os agentes apreenderam dinheiro em espécie e material de campanha de Carmen Gloria Guinancio Guimarães Teixeira, a Carminha Jerominho, filha de Jerominho. Ela disputa uma vaga na Câmara de Vereadores.

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