O presidente Jair Bolsonaro disse, nesta terça-feira (10/11), a apoiadores na porta do Palácio da Alvorada, que para defender a Amazônia é preciso de “Forças Armadas preparadas”. “Para (a Amazônia) ser nossa, tem ter Forças Armadas preparadas. É igual você ter uma riqueza: se não tiver segurança, vai perder aquela riqueza. O Brasil é a mesma coisa”, disse.
Bolsonaro havia sido questionado por um apoiador se gostaria de mandar um recado ao mundo sobre a proteção da Amazônia – uma clara insinuação ao fato de o presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, já ter se manifestado contrariamente à política do governo federal para a Amazônia, que estimularia a devastação ambiental. Bolsonaro apenas riu e não respondeu. Uma mulher, então, disse: “A Amazônia é nossa!”, comentário que provocou a resposta do presidente.
Antes da fala, um homem que disse ser garimpeiro, falou que foi ao local para ver o que o presidente poderia fazer por eles, sem especificar a demanda. Bolsonaro, então, disse com irritação que ele não faz nada.
“Quem faz é o parlamento, meu Deus do céu! O pessoal bota em mim. É o parlamento! O pessoal vota no pessoal de esquerda, ambientalista, xiita, e depois quer que eu mude essa questão. Porque não pergunta para o parlamentar, para o candidato, quem ele é, qual a posição dele na questão do garimpo?”, desafiou.
O presidente afirmou que “hoje o pessoal trata o garimpeiro como destruidor”, e voltou a criticar as organizações não-governamentais (ONGs). “As ONGs continuam à vontade na Amazônia. Querem que eu vá lá e tire na unha os caras”, disse.
Em maio, o governo federal publicou um decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para a presença das Forças Armadas na Amazônia Legal (região que abrange nove estados brasileiros) até julho. O decreto foi, no entanto, ampliado até novembro. No mês passado, o governo decidiu estender a permanência dos militares na região até abril de 2021.
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