Com a confirmação da vitória de Joe Biden nas eleições presidenciais dos Estados Unidos, políticos brasileiros utilizaram as redes sociais neste sábado (7/11) para parabenizar o novo chefe da Casa Branca. O democrata recebeu mensagens de apoio de governadores, deputados e senadores, mas ainda não foi cumprimentado pelo presidente Jair Bolsonaro, que torcia por Donald Trump, e nem pelo Ministério das Relações Exteriores.
Principal rival político de Bolsonaro, o governador de São Paulo, João Doria (PSDB), disse estar feliz com a vitória de Biden. "Ele é um defensor da democracia e das relações multilaterais. Bom para os EUA, bom para o Brasil", afirmou. O tucano também escreveu uma carta em inglês para o recém-eleito presidente dos Estados Unidos. No texto, ele parabenizou Biden pela "vitória significante" e comentou que "gostaria de fortalecer os laços entre nossas sociedades".
Doria ainda convidou o democrata a visitar o estado. "Desejo renovar nossos votos de muito sucesso e também convidá-lo a visitar São Paulo, estreitando as relações entre nossas economias e instituições. E, o mais importante, fortalecer a amizade de nosso povo", escreveu o governador.
Acabo de enviar carta ao presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, cumprimentando-o por sua vitória. @JoeBiden pic.twitter.com/OwzuVbxNtP
— João Doria (@jdoriajr) November 7, 2020
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), parabenizou o novo presidente norte-americano e desejou "um caminho de parcimônia, diálogo, tolerância e perseverança". Afastado do governo do Rio de Janeiro por um processo de impeachment, Wilson Witzel (PSC) publicou que "a vitória de Joe Biden representa o fim do extremismo nos EUA, país que tem forte poder de influência sobre as democracias do mundo. Que os ventos do fim do extremismo cheguem ao Brasil também".
O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), destacou que "a vitória de Joe Biden nos EUA é derrota da prática do 'politicamente incorreto'". "Um sinal de que a maioria dos americanos estão preocupados com o fortalecimento das instituições democráticas, meio ambiente, direitos humanos e cultura de paz. Um bom sinal para a política mundial", afirmou.
Na mesma linha, o governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), comentou que "a eleição de Joe Biden nos EUA é vitória da ponderação sobre o extremismo". "É vitória da civilidade sobre a irracionalidade. Que a mudança semeada pelos americanos sirva de exemplo e pavimente novos e mais felizes caminhos para a democracia e o respeito à diversidade no mundo."
Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) optou por ressaltar a derrota de Trump, sobretudo pelo apoio que o agora ex-presidente recebia de Bolsonaro e da família do mandatário brasileiro. "Muito feliz com a derrota de Trump. Com ele, caem os que fazem apologia à violência, os que negam as mudanças climáticas, os irresponsáveis no combate ao coronavírus, os defensores do racismo. Ou seja, Bolsonaro está ainda mais isolado nas suas absurdas posições", opinou.
"A derrota de Trump consolida a terrível fama de pé frio de Bolsonaro na arena internacional. Agora mesmo que em reunião da Cúpula do G-20 ninguém vai querer tirar foto e posar de "melhor amigo". O Brasil merece destino e imagem melhores", completou Dino.
Congresso Nacional
Biden recebeu muitas congratulações também do parlamento brasileiro. Secretário de Relações Internacionais da Câmara, o deputado Alex Manente (Cidadania-SP) lembrou ao democrata que "o Brasil e os Estados Unidos são duas grandes democracias que compartilham valores e mantêm, historicamente, fortes relações nas mais diferentes áreas".
"A Secretaria de Relações Internacionais trabalhará para estreitar ainda mais os laços de amizade e cooperação entre os nossos países. Desejo-lhe pleno êxito no Governo dos Estados Unidos", frisou o deputado.
O senador Angelo Coronel (PSD-BA), membro da Comissão de Relações Exteriores (CRE) do Senado, pontuou que "a vitória de Biden traz expectativa de tempos menos conflituosos na política da maior potência mundial". "Como membro da CRE, espero que continue a boa relação com o Brasil, sobretudo no comércio e na diplomacia, longe do personalismo da relação Trump/Bolsonaro, e sem arroubos autoritários", destacou.
O parlamentar também parabenizou a agora vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, primeira mulher a ocupar o posto na história norte-americana. "É também com entusiasmo que vejo a atuação inteligente e sensível da vice-presidente eleita, Kamala Harris, que por ter a função constitucional de presidir o Senado Americano, será fundamental para trazer a estabilidade tão necessária ao novo governo."
Líder da oposição no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP) ressaltou que "a derrota de Trump é uma vitória da humanidade, põe freio ao populismo fascista, devolvem os EUA para o acordo de Paris, restabelecem a convivência civilizatória e aumenta a pressão por um novo modelo de desenvolvimento no planeta". "Que os ventos do norte cheguem ao Brasil", desejou o parlamentar.
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