O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acionou a Polícia Federal para investigar um suposto ataque cibernético na Corte. O sistema está inacessível desde as 15h de terça-feira, e técnicos do tribunal avaliam possíveis danos. Julgamentos foram afetados, e todas as sessões acabaram sendo suspensas até, pelo menos, a próxima segunda-feira.
Segundo relatório, a princípio, os técnicos haviam identificado apenas uma falha no sistema interno de proteção da rede. Depois, perceberam que o erro ocorria no acesso ao ambiente virtual. “Submeteu-se, então, essa informação ao suporte técnico do fabricante que, em nova análise, confirmou tratar-se de um ataque cibernético que comprometeu a integridade dos arquivos do sistema”, explica o documento.
O relatório também diz que foram derrubados todos os links de acesso à internet do STJ e o bloqueio de todas as contas de usuário que haviam acessado a rede nas últimas 24 horas.
Em comunicado oficial, o presidente do STJ, Humberto Martins, disse que o tribunal está “envidando todos os esforços técnicos para diagnosticar o evento ocorrido na tarde de ontem nos sistemas do STJ, sua extensão, sequelas a debelar e perspectivas de retomada à normalidade. Até que esse trabalho seja concluído, com rigorosa auditoria nos sistemas, peço a todos que não liguem seus computadores/terminais, ainda que os pessoais, que estejam conectados com algum dos sistemas informatizados da nossa Corte, até ulterior aviso desta Presidência”.
O ataque ao sistema do tribunal gerou a suspensão ou interrupção de todas as sessões, que vêm acontecendo virtualmente em decorrência da pandemia da covid-19. Estava previsto para análise o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no caso do triplex do Guarujá (SP), na Quinta Turma.
*Estagiária sob a supervisão de Cida Barbosa
Negativa de Fachin
O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou pedido da defesa do ex-presidente Lula para suspender a análise do recurso do caso do triplex de Guarujá, que corre na Quinta Turma do STF. Os advogados do petista argumentaram que o processo deferia ser suspenso até que o STF julgue dois habeas corpus que questionam a conduta do ex-juiz federal Sergio Moro e de procuradores da Lava-Jato no processo que culminou na condenação de Lula a oito anos, 10 meses e 20 dias de prisão por corrupção e lavagem de dinheiro. Fachin afirmou, porém, que não encontrou ilegalidade em seguir com o julgamento e disse que a liminar em habeas corpus constitui medida excepcional.
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