Líder do governo na Câmara, o deputado Ricardo Barros (PP-PR) voltou a criticar nesta sexta-feira (30/10) o governador de São Paulo (PSDB), João Doria (PSDB), ao falar sobre a vacina contra o novo coronavírus. Questionado pelo Correio sobre a fala do vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB), que afirmou em entrevista à Revista Veja que o Brasil irá comprar a vacina desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com o laboratório chinês Sinovac, Barros falou sobre Doria.
“O Instituto Butantan tem 120 anos, ele não é do Doria. [O instituto] é o maior fornecedor de vacinas do SUS. E desde antes do Doria. Então, se o Doria não quiser ser ele o dono da vacina, e deixar ser o Butantan o dono da vacina, o SUS já é comprador de vacina do Butantan. Mas, quando ele quer ser o dono da vacina… Ele tem o segundo maior orçamento da União à disposição dele, é o governador de São Paulo; ele compra a vacina e distribui. O Brasil vai ficar feliz se ele puder patrocinar para todos nós uma vacina”, disse.
O parlamentar afirmou que o governador “não vai impor ao governo comprar vacina dele”. “Tem 200 vacinas sendo desenvolvidas no Brasil, e 10 em fase 3, algumas mais adiantadas que a do Butantan. Acho que ele politizou o assunto e está colhendo frutos da politização do assunto. Mas, como toda crise política, se resolve”, afirmou.
A reportagem havia questionado como fica a situação no país, quando o presidente Jair Bolsonaro diz que não irá comprar a vacina chinesa e o vice-presidente afirma que o país vai adquirir o produto. Barros já vem criticando o governador de SP, aderindo ao discurso do presidente. Em entrevista à Rádio Gaúcha no último dia 28, o deputado disse que “Doria quer carimbar um tucano no vidrinho da vacina”.
O próprio vice-presidente, em entrevista à Veja, afirmou que a situação é uma briga política de Bolsonaro com Doria. "O governo vai comprar a vacina, lógico que vai. Já colocamos os recursos no Butantan para produzir essa vacina. O governo não vai fugir disso aí", garantiu.
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