Governadores foram ao Twitter criticar a decisão do presidente Jair Bolsonaro de não autorizar o Ministério da Saúde a incluir a vacina chinesa CoronaVac, contra a covid-19, no Programa Nacional de Imunizações (PNI). Eles destacaram a importância do imunizante para o combate ao novo coronavírus e disseram que a saúde da população deve estar acima de disputas eleitorais e ideológicas.
O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), que está em Brasília nesta quarta-feira (21/10), foi à rede social após conceder entrevista aos jornalistas. Ele defendeu a união entre estados e o governo federal.
"Peço ao presidente Jair Bolsonaro que tenha grandeza. E lidere o Brasil para a saúde, a vida e a retomada de empregos. A nossa guerra não é eleitoral. É contra a pandemia. Não podemos ficar uns contra os outros. Vamos trabalhar unidos para vencer o vírus. E salvar os brasileiros", tuitou Doria.
Também o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), se manifestou sobre a polêmica. "Salvar vidas e libertar os brasileiros do coronavírus são objetivos que devem unir todos nós. Adquirir as vacinas, que primeiro estiverem a disposição, deve ser a meta primordial. Nesse contexto não há espaço para discussão sobre assuntos eleitorais ou ideológicos", escreveu.
O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), ameaçou ir à Justiça para garantir o acesso da população à vacina. "Não queremos uma nova guerra na Federação. Mas com certeza os governadores irão ao Congresso Nacional e ao Poder Judiciário para garantir o acesso da população a todas as vacinas que forem eficazes e seguras", tuitou.
Guerra contra covid
Outro a criticar Bolsonaro foi o governador da Bahia, Rui Costa (PT). "General e Ministro da Saúde tomou medida sensata de garantir acesso à vacina de qualquer país para salvar vidas. Estamos em guerra contra covid, que já matou + de 150 mil no Brasil. O presidente não pode desmoralizá-lo e desautorizá-lo nesta luta. Minha total solidariedade ao ministro", disse.
Já Eduardo Leite (PSDB) defendeu que a questão da vacina seja discutida apenas do ponto de vista técnico. "A definição sobre a inclusão de vacinas contra a COVID-19 no Programa Nacional de Imunização deve ser feita com análise eminentemente técnica (e não política!), observando viabilidade, segurança e agilidade para atender a população", tuitou.